Fiocruz ensina funcionários da Saúde de Rio Preto a usar armadilha contra a dengue

Funcionários da Secretaria Municipal de Saúde de Rio Preto participam nesta quinta-feira, 30, de um treinamento ministrado por técnicos da Fundação Fiocruz sobre a utilização das estações disseminadoras de larvicidas (EDLs), armadilhas biológicas contra o mosquito transmissor da dengue.
Por ser uma das cidades com maior contágio por dengue em todo Estado de São Paulo, a Prefeitura recebeu três mil EDLs que serão implementadas em bairros a serem escolhidos por maior número de focos do mosquito transmissor.
As EDLs consistem em um pote plástico com água, recoberto com tecido preto umedecido, no qual é impregnado um larvicida em pó muito fino. Quando um mosquito adulto pousa na superfície da EDL, partículas do larvicida se aderem às pernas e ao corpo do mosquito. Como as fêmeas de Aedes preferem visitar muitos criadouros para colocar uns poucos ovos em cada um, elas disseminam o larvicida para esses criadouros, que viram armadilhas letais para os mosquitos imaturos.
"Isso faz uma coisa muito crucial contra o mosquito, que sai da armadilha e leva o larvicida para outros criadouros. Isso é fundamental, porque os criadouros podem estar em imóveis fechados e terrenos abandonados, que não conseguimos chegar, o mosquito", diz Sergio Luz, pesquisador da Fiocruz Amazônia.
Segundo Andreia Negri, coordenadora da Vigilância Epidemiológica, durante o treinamento será decidido, com as equipes da Fiocruz, quais os bairros que irão receber as armadilhas
"Há décadas nós estamos em busca de novas tecnologias para serem aplicadas no combate ao vetor. É uma nova forma de controlar a epidemia que já está instalada", diz Andeia.