A rapidez com que os filmes chegam ao streaming

Já está disponível na Netflix o filme “Homem com H”, uma cinebiografia sobre o cantor Ney Matogrosso, interpretado por Jesuíta Barbosa. É uma ótima oportunidade para conhecer como nasceu e cresceu um dos ícones da Música Popular Brasileira, um dos fundadores do grupo Secos e Molhados. O que me surpreende é a rapidez com que a obra, lançada em maio deste ano, já chegou ao streaming em junho.
Outro filme que já está disponível é a live-action do desenho animado “Branca de Neve”, um clássico da Walt Disney, lançado nos cinemas em 20 de março e, dois meses depois, já presente na Disney Plus. Nem vou comentar sobre o filme, porque só de terem usado efeitos especiais para criar os sete anões, em vez de atores de verdade, ele já perdeu pontos.
Para quem assina os streamings, é ótimo ver obras recém-lançadas no cinema chegarem tão cedo à televisão. Mas fico preocupado com as redes de salas de cinema, que perdem público — como já mostramos em reportagem no Diário. É uma pena, porque é muito bacana a experiência de assistir aos filmes no cinema. Além de ser um bom passeio, é emocionante estar em uma sala lotada — especialmente em filmes de terror e ação.
Duas produções brasileiras no streaming chamam a atenção. A primeira é a novela “Guerreiros do Sol”, da Globoplay. O enredo é uma história de amor nordestina, ambientada nos tempos dos cangaceiros. Os capítulos estão lindos, e os diálogos me lembraram obras do cineasta Glauber Rocha. Vejam, não estou exagerando. Destaque para o ator Thomás Aquino, no papel do cangaceiro Josué.
O mesmo ator também está ótimo em outra produção brasileira muito boa — dica da jornalista Tati Pires, da revista Bem Estar: a série policial “DNA do Crime”, que está em sua segunda temporada, cada uma com oito episódios. As cenas de ação não deixam nada a dever às séries americanas. Além disso, é bem contextualizada na realidade nacional do embate entre a Polícia Federal e as quadrilhas. Dizem que as histórias são baseadas em crimes reais, inclusive o mega assalto à empresa de transporte de valores em Araçatuba, em 2021.
MARCO ANTONIO DOS SANTOS
Jornalista