Após receber um coração em tempo recorde, Ana Lívia já está em casa com a família

Após receber um coração em tempo recorde, Ana Lívia já está em casa com a família
Ana Lívia, de três anos e a mãe na saída do HCM de Rio Preto (Divulgação/Hospital da Criança e Maternidade de Rio Preto)

A pequena Ana Lívia Prado, 3 anos, que passou por um transplante de coração, recebeu alta hospitalar na manhã de segunda-feira, 13, após passar 66 dias internada no Hospital da Criança e Maternidade (HCM) de Rio Preto.

O caso clínico de Ana Lívia ganhou notoriedade porque a doação do órgão ocorreu no menor tempo da história do hospital. Apenas cinco horas após o HCM incluir o nome na lista de espera pelo órgão, surgiu a doadora compatível, uma menina com a mesma idade, que morreu em Cuiabá (MT).

Talissa Prado, mãe de Ana Lívia, conta que elas já estão em casa, em Lins. Ela tenta explicar em palavras a emoção de ver a filha recebendo alta após passar por todo o procedimento.

“Foi uma alegria, sem explicação. Foi uma realização ver a minha filha recebendo alta. O processo foi bem dolorido, mas foi necessário. E, ao mesmo tempo, tenho um sentimento de gratidão, porque Deus fez tudo perfeito, na hora certa e no jeito certo”, comenta.

A pequena tem ainda outros quatro irmãos Wandher, 14 anos, Antony, 11 anos, Yago, 8 anos, e Reginaldo, de um ano de vida. A expectativa era grande para encontrá-los.

A partir de agora, segundo a mãe, Ana Lívia precisa usar algumas medicações e máscara por seis meses; depois, vida nova. “Agora é ver ela bem, com saúde, podendo brincar, correr. Sentimento de gratidão”, diz.

Transplante

Ana Lívia tinha uma miocardiopatia dilatada, em que o coração é muito maior do que o normal para sua idade, equivalente ao de um adulto. Seu nome foi incluído na lista de espera às 8h30 do dia 8 de março e, às 13h30, a equipe do HCM foi avisada de que havia uma doadora compatível.

Ela foi transferida do Hospital Estadual de Bauru para a CardioPedBrasil, do HCM, por ser um dos três maiores centros de referência do Brasil e o maior do interior paulista no tratamento de crianças com cardiopatias e demais doenças graves do coração.

Segundo os médicos, Ana Lívia teve uma recuperação considerada ótica, em dois meses, para um transplante de gravidade como o dela. A família voltará semanalmente para fazer exames e receber as medicações.