Mirassol e Novorizontino precisam vencer para conquistar o acesso

Mirassol e Novorizontino precisam vencer para conquistar o acesso
Almeida Antônio Rocha, 68 anos, está na expectativa pelo acesso do Leão e já até colocou a Série A na parede do bar (Guilherme Baffi 22/11/2024)

Na véspera de um dos dias mais importantes na história do futebol da região, as cidades de Mirassol e Novo Horizonte se preparam para a possibilidade de contar com um representante na Série A do Brasileirão. Torcedores das duas equipes estão ansiosos e confiantes para as decisões que ocorrem neste domingo, 24, às 18h30.

O corredor de rua e ciclista Antônio Carbonero, 71 anos, mais conhecido como Vovô da Fúria, acompanha o Mirassol desde 1966, e não esconde a ansiedade para o jogo. “A expectativa da nossa torcida é muito grande, não vemos a hora de chegar domingo para acontecer esse grande jogo e fazermos a festa, merecidamente. A expectativa é a maior que tem, para nós e para a região também, que todo mundo ganhe”, afirmou.

Já o engenheiro civil Everton Doro, 34, tem uma paixão que atravessa gerações, começando no avô, desde o antigo Grêmio Esportivo Novorizontino. Atualmente morando em Rio Preto, ainda acompanha, ao lado do pai, os jogos do Tigre no estádio. “O coração está batendo forte, o nervosismo é inevitável, mas a esperança está lá no alto. O Novorizontino está a um passo de escrever a maior página da sua história. Desde 2010, eu vi o Tigre crescer, enfrentar adversidades, mostrar sua força, e agora estamos a um jogo de alcançar a tão sonhada Série A”.

Além dos torcedores de arquibancada, o comerciante Almeida Antônio Rocha, 68, do Bar do Almeida, fortemente ligado ao Mirassol, falou sobre a possibilidade de acesso. “Acredito que o jogo de domingo seja o mais importante da história do Mirassol. Quando iniciei as atividades, em 1985, jamais imaginava que chegaria onde chegou”, afirma. "Naquela época, os jogadores, treinador, preparador físico, massagista, todos eles se concentravam no Bar do Almeida quando chegavam para treinar no estádio. Com os torcedores, foi um casamento que deu certo", lembrou Almeida, que já colocou o Mirassol na Série A na parede do bar.

Em Novo Horizonte, Dagoberto Bueno, 49, é proprietário da Salgaderia Dagoberto e da Lanchonete Toca do Tigre. Bueno mora próximo ao estádio Jorge Ismael de Biasi desde sua construção e chegou a jogar na base do antigo Novorizontino, entre 1987 e 1993. “Todos os jogos do Campeonato Paulista, que vêm os times grandes jogarem aqui na nossa cidade, as vendas praticamente dobram ou até mais. Acreditamos que, na elite do Brasileiro, todos os jogos serão com muitas torcidas adversárias, aumentando as nossas vendas também”, destacou, confiante na vitória fora de casa.

A empresária e chef de cozinha "louca pelo Grêmio" Daniela Bonani, 53, da Bonani Pizzas & Esfihas, leva a paixão até para o ambiente de trabalho. “Toda a minha equipe já vem trabalhar com a camisa do Grêmio Novorizontino. No dia do jogo do Grêmio, tem que vir com a camiseta. Se esquecer, eu deixo ir embora buscar. É dia de vestir a camisa”.

Como o jogo decisivo não é em Novo Horizonte, os estabelecimentos de Dagoberto e Daniela exibirão as transmissões para os torcedores.

Rodada

Mirassol e Novorizontino precisam vencer para conquistar o acesso. Caso uma das equipes empate ou perca, precisará contar com tropeço de Ceará ou Sport. Se as duas equipes da região perderem, e os times nordestinos vencerem, apenas o Mirassol sobe, por ter campanha melhor no saldo de gols. (Colaborou Arthur Riva)