Musical em Rio Preto conta a história de um dos principais nomes do frevo
Um dos principais nomes do frevo e do maracatu, Lourenço da Fonseca Barbosa, o Capiba, tem sua história contada em duas apresentações em Rio Preto, com estreia neste sábado, 10, às 20h, no Teatro Municipal Humberto Sinibaldi Neto. Os ingressos custam a partir de R$ 25 e podem ser adquiridos pelo site Guichê Web. A segunda apresentação acontece no domingo, 11, no mesmo horário.
Rio Preto é a única cidade, além da capital de São Paulo, a receber a apresentação do musical. O espetáculo promete uma noite de grande festa, misturando música, dança, canto, teatro, fotografia e cinema.
HOMENAGEM
O musical “Capiba, pelas ruas eu vou…” é uma homenagem a um dos maiores compositores e um dos mais importantes da cultura pernambucana, que viveu entre os anos de 1904 a 1997.
Autor da música “Maria Bethânia”, lançada por Nelson Gonçalves, o músico escreveu mais de duzentas canções, das quais mais de cem frevos.
Essa música ganhou um detalhe curioso na história: um ano depois do lançamento, Caetano Veloso, então com apenas quatro anos e inspirado pela canção de Capiba, escolheu o nome de sua irmã prestes a nascer. Assim, Maria Bethânia recebeu seu nome.
Além das canções, Capiba também musicou para peças de teatro, entre elas, “Macambira”, de Joaquim Cardoso, “A Pena e a Lei”, de Ariano Suassuna. Poemas musicais de Manuel Bandeira, Jorge de Lima, João Cabral de Melo Neto, Castro Alves e outros.
“Capiba é a maior composição de frevos pernambucanos, mas sua obra vai muito além desse ritmo, com valsas, choros, maracatus, sambas, marchas e música erudita, chegando a mais de 200 composições, entre elas a ópera 'Missa Armorial', uma obra-prima. É isso que mostramos no espetáculo: a multiplicidade e a riqueza do legado de Capiba”, conta a bailarina Cecília Brennand, presidente da Aria Social e diretora-geral do musical.
ESPETÁCULO
Idealizado pelo projeto Aria Social, criado a muitas mãos com o objetivo de valorizar a rica e plural cultura pernambucana, o espetáculo estreou em 2022, em comemoração aos 30 anos do projeto, que atende mais de 450 crianças e jovens em situações de vulnerabilidade social, transformando vidas por meio da arte. Para isso, o projeto oferece aulas de dança e música, realizadas no bairro de Piedade, em Jaboatão dos Guararapes, zona sul da Região Metropolitana do Recife.
Além da bailarina Cecília Brennand, que assina a direção-geral, o espetáculo conta com a maestria de Rosemary Oliveira, vice-presidente da Aria Social e responsável pela direção musical e regência musical. O espetáculo conta também com a estatueta de Beth Gaudêncio, direção audiovisual e videografia de Max Levay, design de luz e operação de Cleison Ramos, design de som e operação de Isabel Brito e projeção de Gabriel Furtado.
Apresentado pelo Ministério da Cultura, durante cerca de uma hora, o musical apresenta a trajetória do menino nascido em Surubim, no Agreste pernambucano, em 28 de outubro de 1904. O espetáculo conta com 45 bailarinos-cantores do Aria Social e 19 músicos no elenco e já foi visto por mais de 16 mil espectadores, celebrando a história de um dos grandes nomes do frevo.
(Colaborou Victória Oliveira)