Novas temporadas e projetos especiais devem aproximar o público rio-pretense do teatro em 2025

O ano de 2025 promete uma agenda cultural movimentada para os amantes do teatro em Rio Preto. Os grupos locais estão preparando uma programação diversificada, que inclui estreias de espetáculos, novas temporadas de peças consagradas e projetos especiais para aproximar o público das artes cênicas.

APOCALÍPTICA

Com 11 anos de trajetória, a Companhia Apocalíptica prevê um 2025 de muito trabalho. O grupo, que conta com 19 espetáculos de teatro, dança e contação de histórias, tendo 12 projetos em circulação, já neste mês e em fevereiro tem agendado o projeto “Vivências Apocalípticas”, com atividades formativas de finalização dos projetos de manutenção da Lei Paulo Gustavo Estadual. Em março, o grupo começa a circulação do espetáculo de dança flamenca “La Ultima Torada”, produzido em parceria com o Núcleo de Artes Latinas Flávia Piquera.

O grupo, que hoje conta com 16 integrantes, irá promover em abril a 4ª Edição da FrESTA - Uma Jornada Literária Apocalíptica, contemplada pela Lei Paulo Gustavo Estadual. Ainda no primeiro semestre, o grupo irá estrear o 20º espetáculo do currículo. Trata-se de "A Peste", de Albert Cammus, que irá circular por sete cidades do interior no segundo semestre.

A Companhia Apocalíptica, que reinaugurou recentemente a sua sede, terá o prédio ocupado por diversos coletivos, tanto de Rio Preto como de fora, ainda em 2025, numa forma de democratizar ainda mais a arte. “Por fim, terminaremos nesse ano o plano de acessibilidade completa da companhia, que já tem a acessibilidade física completa da sede e agora terá uma cabine de audiodescrição totalmente equipada. Teremos também um curso de audiodescrição para projetos artísticos e um clube do livro inclusivo com óculos com inteligência artificial para pessoas cegas ou com baixa visão” revela Lawrence Garcia.

Humor

A palhaça, atriz, pedagoga e arte educadora Gisele Lançoni também está com agenda movimentada. Em 2025, ela pretende levar para diferentes palcos o humor da Cia. Palhaçaria, grupo que tem 13 anos de história.

Entre os principais projetos para 2025, está a montagem do espetáculo “Kiriku e a Feiticeira”, contemplado pela Lei Aldir Blanc. O espetáculo é uma adaptação do filme homônimo de Michel Ocelot, lançado em 1999.

Gisele Lanconi afirma que, neste ano, a Cia. Palhaçaria pretende se aprofundar em diversas áreas do conhecimento. "Vamos investir em workshops, oficinas e cursos que não apenas auxiliem na criação de espetáculos, mas também contribuam para o aprimoramento em diferentes vertentes culturais. Além disso, continuaremos ministrando aulas de teatro e palhaçaria", destaca a atriz, que soma 35 anos de carreira.

Três novidades

A Cia. Fábrica de Sonhos, fundada em 1998 por Guido Caratori e Drica Sanches, iniciou 2025 com uma agenda movimentada, realizando o "Festival Em Janeiro Teatro Para Criança é o Maior Barato".

Para 2025, a companhia planeja estrear três novos espetáculos: “Solitude, um solo de Tito Formiga Lando”, interpretado por Guido Caratori; “Comitiva Kaa-pira, boiadeiro sem boiada”, o segundo espetáculo da trilogia "Caipiras", iniciada em 2010; e “Uiara e o cristal do Guarani”, uma nova produção que promete encantar o público.

Solo e coletivo

A Cia. Cênica se prepara para completar 18 anos de trabalho ininterrupto em março deste ano. Em 2025, o grupo, liderado pelo ator e diretor Fagner Rodrigues, dará continuidade ao seu trabalho com dois projetos aprovados nos editais do ProAC: a “Mostra Cênica Resistências” e a circulação do seu último espetáculo “Boi Material”.

“O nosso repertório segue em circulação com aprovações em diversos editais e festivais”, afirma Fagner Rodrigues, diretor e fundador da Cia. Cênica.

PROFUNDIDADE

A Cia Bardos de Teatro celebra em 2025 o seu oitavo aniversário. O grupo conta com quatro espetáculos em seu currículo, todos com propostas criativas e profundas, como “Bartleby”, baseado no conto do escritor norte-americano Herman Melville.

Para 2025, a Cia Bardos tem planos empolgantes. Além de dar continuidade à circulação do espetáculo “Memórias de Machadinho” em festivais, Sescs e Editais do Sesi, o grupo está em processo de construção dramatúrgica do texto “O Jardineiro”, baseado nos contos do escritor e dramaturgo russo Anton Tchekhov.

Diversidade

O Agrupamento Ir e Vir está em atividade desde 2011, mantendo uma trajetória marcada pela criatividade.

Em 2025, o grupo segue com novos projetos inovadores, focado em arte performativa. Recentemente, finalizaram um projeto intitulado “Dois em Catarse”, no qual Tiago Mariuso se uniu a outros 12 artistas e não artistas da cidade, que agora se transformará em um documentário e artigo, expandindo a reflexão sobre a arte.

O grupo também dá continuidade à sua jornada criativa com a realização da III edição do Pajubá Festival, um evento dedicado à arte LGBTQIAPN+ e à cultura da população negra, reafirmando o compromisso do grupo com a diversidade e a inclusão no cenário artístico.