Operação 'Caça ao Tigre' fecha cerco a influencers

O Setor Especializado de Combate à Corrupção, Crime Organizado e Lavagem de Dinheiro (Seccold) da Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic) de Rio Preto deflagrou na manhã desta segunda-feira, 22, a operação “Caça ao Tigre”, cujo foco é combater a exploração de jogos de azar eletrônicos, como o chamado “jogo do tigrinho”, além de crimes de lavagem de dinheiro, ocultação de patrimônio e organização criminosa.
Conforme o Diário mostrou com exclusividade na edição da última terça-feira, 16, um casal de influenciadores estava na mira da Polícia Civil após conquistar vultuoso patrimônio em apenas três anos.
Na operação desta segunda-feira - cujos alvos não foram divulgados oficialmente pela polícia -, foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão, sendo dois em condomínios de luxo em Rio Preto e um em uma chácara de Ipiguá, além de outros endereços ligados aos investigados.
A ação resultou na condução de três pessoas à sede da Deic e na apreensão de uma arma cartucheira calibre 24, um automóvel, uma moto aquática e vários aparelhos eletrônicos (como celulares e computadores). Autuado em flagrante por posse irregular de arma de fogo de uso permitido, um dos investigados pagou fiança. Um macaco-prego, mantido ilegalmente em cativeiro, foi capturado e levado para avaliação no Zoobotânico de Rio Preto. O proprietário do animal foi multado por crime ambiental.
De acordo com a Polícia Civil, o inquérito policial, conduzido pelo delegado Adriano Pitoscia, tramita em segredo de justiça, visando resguardar as provas colhidas, proteger a investigação e garantir a responsabilização dos envolvidos.
“Por trás da ostentação exibida nas redes sociais, há uma rede ilícita que se sustenta explorando a vulnerabilidade de quem acredita em dinheiro rápido”, informou a especializada.