Presidente do Sindicato dos Médicos rebate acusações do Coronel Fábio sobre demora nas UPAs

Presidente do Sindicato dos Médicos rebate acusações do Coronel Fábio sobre demora nas UPAs
O prefeito de Rio Preto, Coronel Fábio Candido (PL), e a presidente do Sindicato dos Médicos, Merabe Muniz, em vídeos publicados nas redes sociais (Reprodução/Instagram)

A presidente do Sindicato dos Médicos de Rio Preto, Merabe Muniz, publicou um vídeo em suas redes sociais neste domingo, 12, em que rebate as acusações do Coronel Fábio Candido (PL) de que a entidade teria insuflado os profissionais a adotarem a chamada "operação padrão", agravando a lentidão do atendimento nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) da cidade em meio a uma epidemia de dengue.

No sábado, 11, o prefeito chegou a gravar um vídeo em frente à UPA Tangará e afirmou que levaria o caso à Polícia Civil. "O Sindicato do Médicos tem cooptado que os médicos façam uma 'operação padrão', atendendo menos pacientes. É isso mesmo, caros amigos de Rio Preto, o que vocês estão ouvindo. Nós estamos aqui para fazer um registro policial, um boletim de ocorrência, que certamente redundará em uma investigação para verificar se essas informações são verídicas", disse.

Merabe, que declarou apoio ao Coronel nas eleições de 2024 e integrou a equipe de transição do governo na área da saúde, respondeu as acusações em um vídeo de quase 15 minutos, no qual criticou a atuação do atual prefeito e do secretário de Saúde, Rubem Bottas. "Uma das maiores decepções da minha vida foi exatamente a postura do prefeito", disse a médica.

A presidente do Sindicato do Médicos chamou o prefeito de "autoritário" e criticou normativas adotadas pela gestão que, segundo ela, inviabilizam o trabalho dos profissionais de saúde, por exemplo, a necessidade de até mesmo uma troca de plantões entre médicos ter de passar pelo secretário responsável pela pasta. "Normas ridículas que prejudicam ainda mais o serviço do médico", pontuou.

Segundo ela, os profissionais estão atendendo acima do que preconiza resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que seria o atendimento de três pacientes por hora nos serviços de urgência e emergência. "O médico estava fazendo muito acima do que é preconizado pelo Conselho Federal de Medicina para poder limpar as portas", afirmou.