'Arrastão' retoma a tentativa de tirar pessoas da situação de rua em Rio Preto

Três caminhões lotados de entulhos foram recolhidos em uma operação da Prefeitura para retirar moradores de rua que vivem debaixo de pontes, praças e casas abandonadas em Rio Preto. Nesta segunda-feira, a ação ocorreu em seis pontos da cidade, inclusive no viaduto Waldemar Freitas de Assunção, na avenida Andaló, onde estavam quatro sem-teto. As pessoas foram encaminhadas para abrigamento na Casa de Cirineu e na Pousada da Esperança.

Nos três caminhões, foram recolhidos 20 carrinhos de compras, típicos de supermercados, que estavam em poder das pessoas em situação de rua. Os pertences das pessoas serão temporariamente guardados pela Secretaria Municipal de Serviços Gerais, à espera dos donos.

O mesmo tipo de ação chegou a ser realizado durante nos anos anteriores, também com retirada de moradores de rua. Poucos meses depois, os locais sempre voltaram a ser ocupados por novos sem-teto.

A operação é feita pela Secretaria de Desenvolvimento Social, responsável por enviar assistentes sociais para abordar os moradores de rua, e pela Secretaria de Serviços Gerais, responsável por recolher pertences dos sem-teto, exceto roupas e documentos pessoais.

Segundo funcionários, uma semana antes da operação os assistentes sociais vão até os locais onde estão os moradores de rua para fazer cadastramento, levantar os problemas e convidá-los para o abrigamento na Casa de Cirineu e na Pousada da Esperança, ambas administradas pelos freis franciscanos da Associação e Fraternidade São Francisco de Assis na Providência de Deus, de Jaci. A ida, porém, deve ser voluntária.

Entre os materiais recolhidos estavam lonas e madeiras referentes a um barraco montado por cinco pessoas em situação de rua no canteiro central da avenida José Munia, próximo ao Centro Regional de Eventos.

Para dar segurança aos funcionários da Secretaria de Serviços Gerais, uma equipe da Polícia Militar faz a abordagem dos moradores de rua. Nessa etapa é verificada a situação da pessoa no banco de dados da Secretaria de Segurança Pública.

Quem é procurado pela Justiça, com mandado de prisão em aberto, é imediatamente detido e apresentado na Central de Flagrantes. O delegado de plantão confirma as informações atualizadas no sistema. Caso o mandado esteja em vigor, a pessoa é transferida para a carceragem da Divisão Especializada em Investigações Criminais (Deic), de Rio Preto, onde aguarda transferência para o sistema prisional.

Se o morador de rua for uma pessoa recém-saída do sistema prisional, a Prefeitura oferece passagem para que retorne à cidade de origem. Até o fechamento desta edição, não havia informações sobre quantos foragidos ou ex-detentos foram encontrados durante a operação de segunda-feira.