Bombeiros encerram busca ativa por jovem que desapareceu na cachoeira do Talhadão

Bombeiros encerram busca ativa por jovem que desapareceu na cachoeira do Talhadão
Edson Ramos desapareceu no dia 24 de novembro, após escorregar e ser levado pela correnteza na cachoeira do Talhadão em Duplo Céu, distrito de Palestina (Reprodução)

Após 8 dias, o Corpo de Bombeiros decidiu encerrar a busca ativa pelo jovem Edson Ramos, de 24 anos, que desapareceu no último dia 24, após escorregar e cair na correnteza da cachoeira do Talhadão, em Duplo Céu, distrito de Palestina.

Na última semana, a corporação enviou equipes de mergulho e fez um rastreamento por 6 quilômetros a partir do local onde o acidente aconteceu, na tentativa de localizar o morador de Olímpia.

Desde então, foram utilizadas embarcações com motor, balsas de rafting e botes infláveis, de acordo com a necessidade e a dificuldade de explorar o local.

Segundo o tenente Marcus Vinícius de Oliveira Barbosa, porta-voz do Corpo de Bombeiros de Rio Preto, são avaliados diversos parâmetros para levar em conta o tempo de busca ativa. "Analisamos a temperatura da água, correnteza, grau de visibilidade, se o fundo do rio é arenoso, se há pedras, muitas galhadas e muito enrosco para o mergulhador", completa.

O tenente explica que o Corpo de Bombeiros faz uma pontuação desde o começo das buscas, levando em conta o cenário e se é viável continuar a procura. "O cenário que se apresentou é que seria viável continuar as buscas até o dia de hoje (segunda-feira). A partir de amanhã (terça-feira), fica por conta de alguma outra informação que algum popular venha a ter a respeito", explica.

Dificuldade

Segundo o tenente, o rio Turvo é um rio de correnteza, com águas escuras, o que dificulta as buscas. "Na medida do possível, a gente vem vasculhando desde o local onde aconteceu o desaparecimento e descendo o rio, diversas vezes e com diversas equipes", completa.

Ele ainda destaca a importância de redobrar a atenção ao nadar em rios e cachoeiras, verificando se é um local seguro, a profundidade e a velocidade da água. O tenente ainda recomenda sempre levar equipamentos de segurança, como boias e coletes para garantir uma diversão segura.

Sinalização

Na última quarta-feira, 27, a Prefeitura de Palestina, emitiu nota dizendo que colabora com as autoridades responsáveis pela busca. Na ocasião, afirmou ainda que a cachoeira do Talhadão é uma reserva natural, onde o mergulho é proibido, e havia sinalização, mas as placas teriam sido destruídas por conta das queimadas nos últimos meses.

Visitas

Bruno Castor, voluntário que atua em informações sobre a cachoeira do Talhadão há 20 anos, afirma que o local é sinalizado, mas ressalta a importância de preparar melhor o lugar para receber visitantes. "Mais eficiente que placas seria a presença de algum funcionário da prefeitura presente no local para orientar os turistas", completa.

Castor explica que, de julho até novembro, foram pouco mais de 4 mil solicitações de rotas para a cachoeira do talhadão, mas recebeu apenas 120 ligações, o que, na visão dele, evidencia que o número de pessoas que ligam para saber dos riscos é muito menor do que as pessoas que frequentam o local.

(Colaborou Diego Bressant)