Bombeiros encerram busca ativa por jovem que desapareceu na cachoeira do Talhadão
Após 8 dias, o Corpo de Bombeiros decidiu encerrar a busca ativa pelo jovem Edson Ramos, de 24 anos, que desapareceu no último dia 24, após escorregar e cair na correnteza da cachoeira do Talhadão, em Duplo Céu, distrito de Palestina.
Na última semana, a corporação enviou equipes de mergulho e fez um rastreamento por 6 quilômetros a partir do local onde o acidente aconteceu, na tentativa de localizar o morador de Olímpia.
Desde então, foram utilizadas embarcações com motor, balsas de rafting e botes infláveis, de acordo com a necessidade e a dificuldade de explorar o local.
Segundo o tenente Marcus Vinícius de Oliveira Barbosa, porta-voz do Corpo de Bombeiros de Rio Preto, são avaliados diversos parâmetros para levar em conta o tempo de busca ativa. "Analisamos a temperatura da água, correnteza, grau de visibilidade, se o fundo do rio é arenoso, se há pedras, muitas galhadas e muito enrosco para o mergulhador", completa.
O tenente explica que o Corpo de Bombeiros faz uma pontuação desde o começo das buscas, levando em conta o cenário e se é viável continuar a procura. "O cenário que se apresentou é que seria viável continuar as buscas até o dia de hoje (segunda-feira). A partir de amanhã (terça-feira), fica por conta de alguma outra informação que algum popular venha a ter a respeito", explica.
Dificuldade
Segundo o tenente, o rio Turvo é um rio de correnteza, com águas escuras, o que dificulta as buscas. "Na medida do possível, a gente vem vasculhando desde o local onde aconteceu o desaparecimento e descendo o rio, diversas vezes e com diversas equipes", completa.
Ele ainda destaca a importância de redobrar a atenção ao nadar em rios e cachoeiras, verificando se é um local seguro, a profundidade e a velocidade da água. O tenente ainda recomenda sempre levar equipamentos de segurança, como boias e coletes para garantir uma diversão segura.
Sinalização
Na última quarta-feira, 27, a Prefeitura de Palestina, emitiu nota dizendo que colabora com as autoridades responsáveis pela busca. Na ocasião, afirmou ainda que a cachoeira do Talhadão é uma reserva natural, onde o mergulho é proibido, e havia sinalização, mas as placas teriam sido destruídas por conta das queimadas nos últimos meses.
Visitas
Bruno Castor, voluntário que atua em informações sobre a cachoeira do Talhadão há 20 anos, afirma que o local é sinalizado, mas ressalta a importância de preparar melhor o lugar para receber visitantes. "Mais eficiente que placas seria a presença de algum funcionário da prefeitura presente no local para orientar os turistas", completa.
Castor explica que, de julho até novembro, foram pouco mais de 4 mil solicitações de rotas para a cachoeira do talhadão, mas recebeu apenas 120 ligações, o que, na visão dele, evidencia que o número de pessoas que ligam para saber dos riscos é muito menor do que as pessoas que frequentam o local.
(Colaborou Diego Bressant)