Celular encontrado com PM de Rio Preto revela esquema de corrupção no Romão Gomes

Quatro policiais militares foram presos preventivamente nesta quarta-feira, 11, por suspeita de envolvimento em esquema de corrupção no presídio militar Romão Gomes, em São Paulo. De acordo com as investigações, os agentes recebiam dinheiro para facilitar a entrada de celulares e drogas na unidade prisional.
A prisão dos agentes ocorreu após o soldado Eduardo José de Andrade, 23, que é rio-pretense e morava em Cedral, ser flagrado dentro da cela com um aparelho celular.
O Diário mostrou que ele foi condenado a 29 anos de prisão por homicídio e ocultação de cadáver em júri popular realizado em fevereiro deste ano, no Fórum de Rio Preto.
Segundo o apurado pela reportagem, em fevereiro do ano passado, enquanto aguardava julgamento, o soldado foi flagrado na cela do presídio militar com um celular e um carregador. Ele tentou quebrar o aparelho, mas o equipamento foi apreendido e periciado.
Em interrogatório, ele confessou que funcionários da unidade prisional facilitavam a entrada de celulares, drogas e anabolizantes.
A esposa e a irmã dele também são alvo da investigação, conduzida pela Justiça Militar.
A reportagem apurou ainda que Eduardo foi expulso da corporação. Em consulta ao sistema da Secretaria de Administração Penitenciária, consta que ele está no Centro de Detenção Provisória de Guarulhos.
O Diário solicitou nota da Secretaria de Segurança Pública sobre o esquema de corrupção no presídio militar e aguarda posicionamento oficial.