Nove em cada dez casas da região de Rio Preto estão conectadas à internet

Na região de Rio Preto, 94,4% das casas têm acesso à internet. É o que apontam dados da Síntese de Indicadores Sociais 2024, pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2016, ano que a internet foi incluída na pesquisa, o percentual de domicílios com acesso era de 76,9%.

Esta mudança em oito anos veio com a expansão da quantidade de empresas fornecedoras de acesso à internet. Antes restrito apenas às principais fornecedoras de telefonia, a conexão que chega nos lares passou a ser oferecida por empresas menores nos últimos oito anos. E houve também expansão e melhoria dos sinais.

“Esse aumento é nacional. O número de acesso à internet cresceu muito. Elevaram a quantidade de provedores. Isso foi ajudado pela queda do custo dos equipamentos utilizados pelas empresas deste setor”, diz o engenheiro eletrônico Daniel Cusi Júnior, especialista em tecnologia.

Necessidade

A líder social Denise Ferreira da Silva, moradora da Estância Santa Clara, afirma que o tão reivindicado asfalto ainda não chegou em todas as ruas do bairro, mas a conexão à internet via fibra ótica já é uma realidade para os moradores da periferia de Rio Preto.

“Para nós aqui do bairro Santa Clara, a internet é fundamental, porque podemos assim resolver tudo de casa, como pagar contas e impostos, fazer compras”, afirma a moradora.

Denise destaca que a internet de fibra ótica leva vantagem sobre a conexão via rádio, porque não sofre interferências do clima, como a perda do sinal durante ou após chuvas.

“Durante uma forte chuva, a antena para pegar a internet via rádio chegava a sair da posição correta, por conta dos fortes ventos. Até consertar levava horas ou dias. Isso não acontece com a internet por fibra”, afirma a moradora.

Outro dado levantado pelo IBGE mostra a importância da internet nos dias atuais. Segundo a pesquisa, na região, 85,6% das casas tinham máquina de lavar, ou seja, bem menos que o percentual de lares com internet.

Diversão

Já o porteiro de condomínio Márcio Aparecido Silveira, 38 anos, morador do bairro Pousada dos Pássaros, resolveu investir em internet fixa em casa, por dois motivos: praticidade e diversão para a família, principalmente para as crianças.

“Com internet em casa, não preciso enfrentar fila de banco para pagar meus boletos. Faço isso pelo computador ou mesmo até pelo celular conectado no wi-fi. É pela internet que coloco as crianças em casa para assistir a desenho ou um filme, que a gente escolhe com cuidado pelo streaming para elas assistirem”, afirma o porteiro.

O engenheiro Daniel Cursi Júnior ressalta que o crescimento do acesso à internet também chega na zona rural, porque os agricultores também precisam entrar na internet.

“É bem provável que nos próximos anos tenhamos um cenário de 100% de conexão em todo o estado de São Paulo, tanto na cidade quanto no campo, mas isso é uma realidade das regiões Sul e Sudeste. Quando vamos para outras regiões do Brasil, os números de acessos ainda são baixos, porque falta infraestrutura básica para instalação de antenas ou cabos. Na internet temos dois brasis”, diz o especialista.