Orquestra de Cordas do Guri se prepara para nova temporada em Rio Preto
A Orquestra de Cordas do Guri, regida pelo maestro Paulo de Tarso, é uma das riquezas que Rio Preto tem a comemorar no ano de 2024. O regente se juntou ao grupo neste ano, contratado pela Secretaria de Estado da Cultura. Neste começo de ano, os trabalhos do grupo estão de recesso, mas ele volta a se reunir em março de 2025, com novas apresentações.
“A ideia de se criar o grupo surgiu após a visita de um coordenador técnico do Guri da sede, o violinista André Sanches, que após acompanhar uma mostra de polos com os alunos de cordas tocando achou todos muito talentosos”, afirma Carina Pedro, gerente regional do polo de Rio Preto.
“Ele teve a ideia de reuni-los em um único grupo e a proposta de agregar o maestro Paulo de Tarso veio de maneira muito natural, ele é um expoente da música clássica em nossa região”, considera Carina. “Sua formação e experiência aconteceram em alguns dos mais prestigiosos cenários musicais do Brasil e do exterior, logo o interesse de somar suas extraordinárias habilidade à formação de nossos alunos emergiu desde cedo com muita força.”
O coordenador do projeto é João Ramalho. Além dele e de Paulo de Tarso, também trabalharam com os jovens do Guri os professores Adriel Ferraz, Gabriela Oliveira, João Coelho, Giovanna Cruz e Pio.
REPERTÓRIO
Foram cinco concertos ao longo do ano, contando com repertório brasileiro e europeu. No repertório, grandes nomes da música clássica — desde as barrocas e românticas até as mais modernas — como Albinoni, Corelli, Bach, Pachelbel, Teleman, Mozart, Johann e Joseph Strauss, Tom Jobim e Cláudio Santoro. O repertório também inclui a bela “As quatro estações rio-pretenses”, de Walisson Cruz.
Os instrumentos são tocados pelos adolescentes do Guri, com idades entre 11 e 18 anos. São 32 deles, entre violinos, violas clássicas, violoncelos e contrabaixos.
Para o regente Paulo de Tarso, é uma honra trabalhar com as crianças e adolescentes do Guri. Maior que a honra, só mesmo a responsabilidade. “Sabemos que, no futuro, esses jovens serão profissionais e vão se lembrar de algumas pessoas que os apoiaram e se encaminharam.”
Segundo Carina, a preparação e os ensaios ao longo do ano foram intensos. “O maestro coordenou com muita energia os alunos e obteve uma excelente resposta técnica e de motivação de todos os participantes. Os concertos finais foram de alta qualidade, com um brilhante solo de Gabriela Oliveira, educadora do Guri, no violoncelo, tocando a peça ‘As quatro estações rio-pretenses’, de Walison Cruz”, conta ela. “A recepção do público foi bastante efusiva, coroando um ano de muito trabalho e superação de expectativas.”
PATROCÍNIOS
Para que os músicos da Orquestra possam aprender ainda mais sobre o instrumento que tocam, foram doados seis livros para cada um deles, para estudo, sobre teoria, solfejo rítmico, melódico e harmônico, clave de fá, História da Música e também um de exercícios.
A pianista Aracele Chacon Sobrinha, amante de música clássica, conseguiu patrocínio para a compra de cinco violinos, duas violas clássicas, dois violoncelos e um contrabaixo, para renovação de parte dos instrumentos da orquestra.