Por procedimento médico, Tarcísio de Freitas cancela vinda a Olímpia para a abertura do Festival do Folclore

Por procedimento médico, Tarcísio de Freitas cancela vinda a Olímpia para a abertura do Festival do Folclore
Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo (Célio Messias/Governo do Estado de SP)

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), cancelou a vinda a Olímpia para a abertura oficial do 61º Festival do Folclore de Olímpia (Fefol), neste sábado, 2. De acordo com nota divulgada pela assessoria de imprensa, ele passará por um procedimento médico chamado radioablação por ultrassonografia de tireoide na tarde de domingo, 3, no Hospital Albert Einstein.

Com isso, a abertura do Fefol, que será às 19h, no Recinto do Folclore “Professor José Sant’Anna”, terá a participação do vice-governador, Felício Ramuth. "A organização do evento e a Prefeitura da Estância Turística de Olímpia desejam plena recuperação ao governador", afirmou nota da assessoria. A previsão é que ele tenha alta no mesmo dia. Na segunda-feira, o governador cumprirá agenda interna em seu gabinete, no Palácio dos Bandeirantes.

Tarcísio também não participará da manifestação bolsonarista do próximo domingo, 3. A ausência ocorre em meio à expectativa de parte da base bolsonarista pela presença do governador, que até agora não se pronunciou sobre a decisão do governo dos Estados Unidos de aplicar a Lei Magnitsky contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O instrumento já foi usado para punir ditadores e terroristas.

A omissão de Tarcísio irritou aliados mais radicais do ex-presidente. Críticos do governador lembram que, no episódio do tarifaço anunciado por Donald Trump sobre produtos brasileiros, Tarcísio atribuiu a culpa ao governo Lula, sem responsabilizar diretamente o STF ou Moraes. O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) criticou o governador por não defender Bolsonaro e seus apoiadores ao tratar dos impactos das tarifas.

O pastor Silas Malafaia foi um dos que cobraram um posicionamento mais firme do chefe do Executivo paulistano. Mais cedo, ao Estadão, o pastor havia dito que Tarcísio “deveria aparecer” na manifestação de domingo e que sua ausência pegaria mal. Outros governadores não confirmaram se irão ao ato.

Auxiliares de Tarcísio defendem que a postura de não criticar Moraes é estratégica, já que o governador é um dos poucos bolsonaristas com acesso ao ministro. Se assumisse uma linha de ataque, perderia essa posição.

As manifestações previstas para este domingo vão ocorrer de forma simultânea em várias capitais e cidades de todo o País. Bolsonaro ficará de fora, pois está proibido de sair de casa aos finais de semana por ordem de Moraes— o magistrado, inclusive, deve ser o principal alvo das passeatas.

(Com Agência Estado)