Prefeitura de Rio Preto marca buracos, mas não tapa

Quem transita diariamente pelas ruas de Rio Preto notou que alguns buracos no asfalto estão demarcados com tinta branca. A sinalização não é feita para alertar os motoristas sobre o perigo na via, mas para indicar as equipes do trabalho de tapa-buraco, coordenadas pela Secretaria de Trânsito, o local exato de onde a correção deve ser realizada.

O problema, segundo apontam os motoristas, é que a indicação no asfalto nem sempre é sinônimo de solução rápida. Na avenida Clóvis Oger, por exemplo, as sinalizações já foram feitas há mais de uma semana.

“O ideal é sinalizar em um dia e já corrigir no outro. Em alguns trechos da cidade, especialmente na região Norte, já foi feito tanto tapa-buraco em algumas ruas que o carro fica trepidando. O correto era retirar o asfalto e recapear tudo de novo”, reclama Cesar Merlin, motorista de aplicativo.

Amaury Hernandes, secretário de Trânsito, afirma que as demarcações foram uma estratégia adotada pela pasta para otimizar o trabalho de conserto dos buracos e evitar desperdício de material e de verba.

“Os técnicos vão até os locais solicitados pela população, realizam a metragem do buraco e fotografam. Em seguida sinalizam com tinta. As informações são registradas em uma planilha e encaminhadas para a empresa que realiza o tapa-buraco. Por meio disso, a equipe que vai ao local realizar o reparo sabe exatamente onde o trabalho deve ser feito”, afirma.

Ainda de acordo com Hernandes, isso evita que a empreiteira realize manutenções não programadas. “Ela só vai receber pelo trabalho solicitado. O pagamento é feito por metro quadrado”, completa.

O trabalho, segundo ele, é realizado em até 15 dias após a sinalização.

Por meio da demarcação no asfalto a Secretaria tem condições de estimar o número de buracos tapados no período e a quantidade de material utilizado. Os dados, no entanto, não foram enviados à reportagem até o fechamento desta edição.