Rio Preto é a 8ª cidade com maior número de startups do Estado

Rio Preto é a 8ª cidade com maior número de startups do Estado
Ricardo Reina, diretor comercial de startup em Rio Preto, comenta o bom desempenho da cidade (Guilherme Baffi 6/12/2024)

Com 83 startups, Rio Preto está em oitavo lugar no ranking do Estado de São Paulo. O município perde para São Paulo, com 1.670 startups; Campinas (174); Ribeirão Preto (150); São José dos Campos (126); São Carlos (99); Sorocaba (87) e Santos (85). Os dados foram produzidos pelo Observatório Sebrae Startups.

Os setores em destaque atualmente incluem Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), saúde, educação e agronegócio, enquanto áreas como, gestão e meio ambiente apresentam menor representatividade.

Análise

O secretário municipal de Planejamento Estratégico, Ciência, Tecnologia e Inovação, Willian Meque, explica que Rio Preto é um "terreno fértil" para inovações e a própria economia induz a criação e permanência de diversas startups, mas, que outro fator importante para a oitava colocação é o trabalho do Parque Tecnológico.

"Na nossa avaliação, essa posição decorre de alguns fatores. Um deles é o papel estratégico de desenvolvimento de Rio Preto. Hoje a própria vocação múltipla econômica que a cidade possui induz a criação e a permanência de diversas startups que vêm para desenvolver e oferecer soluções", afirma.

Atuando no segmento de saúde, a startup Chamou Doutor é voltada para pacientes, médicos e estabelecimentos do setor por meio de um assistente virtual via WhastApp. O diretor de operação, Rodrigo Zancaner, explica que em meio a pandemia, eles enxergaram a oportunidade de continuar atendendo pacientes mesmo com as clínicas fechadas.

"O que nos inspirou foi justamente a necessidade de continuar os atendimentos médicos mesmo com as clínicas fechadas na pandemia, por isso, nosso foco são atendimentos de pacientes a distância".

A cultura organizacional também é levada em conta quando o assunto é startup. Com isso, Ricardo Reina, diretor comercial da Startup Colaborar Consultoria, explica como colocá-la em prática.

"Cultura organizacional é entender que a gente precisa estar sempre ligado no que está acontecendo no mercado, estar antenado em novos modelos de processo, novos modelos de prospecção de cliente", diz ele.

Desafios

O maior desafio enfrentado por Ricardo, segundo ele, é a barreira cultural formada pela sociedade com as startups. "Cultural no sentido das empresas entenderem a necessidade dos serviços que as startups oferecem". Já Rodrigo ressalta que a inserção no mercado é difícil. "Penetrar no setor da saúde é difícil, por exemplo, planos de saúde, por ser um mercado fechado, esse é um dos grandes desafios que a gente enfrenta".

Para classificar uma cidade como um polo de startups, ela deve se destacar por seu ecossistema dinâmico, com diversas empresas, eventos de inovação e forte mentalidade empreendedora, como explica a diretora Startup & Inovação da Associação dos Profissionais e Empresas de Tecnologia da Informação (Apeti) Liszeila Martingo.

"São José do Rio Preto oferece excelente infraestrutura, conectividade avançada (incluindo 5G) e apoio governamental. Além disso, é reconhecida pela alta qualidade de vida, e pela excelência educacional, também se projeta internacionalmente por empresas globais e atratividade para talentos estrangeiros".

Ricardo completa dizendo sobre o futuro das startups em Rio Preto. "Novas cabeças fantásticas estão aparecendo no mercado de startups em Rio Preto e as empresas maiores estão olhando com carinho, procurando parcerias com empresas do Parque Tecnológico, o que traz capilaridade para nossas startups", afirma.

Incubadora

O Parque Tecnológico de Rio Preto é um centro de inovação que apoia startups e empresas em setores como tecnologia, saúde e agronegócio. Oferece infraestrutura moderna, incubadoras, eventos e projetos de capacitação, além de aproveitar o potencial acadêmico e leis de incentivo locais.

Os impactos causados pelas startups vão além e transformam o mercado de trabalho e a geração de empregos. Para Liszeila, houve mudança no mercado.

"Trabalhos remotos e híbridos permitiram que trouxéssemos mão de obra externa para cá e que a mão de obra local fosse também absorvida pelo Estado, Brasil e Mundo. De maneira geral, estimula, impacta e transforma o desenvolvimento de todo o ecossistema local e regional", finaliza. (Colaborou Ana Beatriz Aguiar)