Com quatro lojas em Rio Preto, rede de supermercados Amigão é comprada pela Plurix
A Plurix, que recebe investimentos do Fundo Patria Private Equity VI, gerido pelo Patria Investimentos, acaba de comprar o controle do Grupo Amigão (antiga CSD), rede supermercadista com 65 lojas nos Estados de São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul, com 9 mil funcionários e um faturamento anual próximo a R$ 4 bilhões.
A rede de supermercados Amigão conta com quatro unidades em Rio Preto: uma na rua Espanha, outra na avenida Antônio Antunes Júnior, outra na avenida Mirassolândia e uma quarta na avenida Danilo Galeazzi.
A rede Amigão é do Paraná e chegou a Rio Preto em 2022, após o encerramento das atividades dos supermercados Kawakami na cidade. Estes, por sua vez, adquiriram, em 2020, três antigos pontos de venda que pertenciam ao Laranjão.
Com 12 aquisições, a Plurix passa a ser agora uma empresa de supermercados com faturamento estimado em R$ 10 bilhões. “A gente começa a ter uma escala, um tamanho que justifica um eventual mercado de capitais”, disse Pedro Faria, sócio e líder de investimentos do Pátria.
Em seus três anos de vida, a Plurix já adquiriu 11 empresas do segmento, agrupadas em seis marcas: Superpão, Boa Supermercados, Supermercados Avenida, Compre Mais, Empório Dom Olívio e Paraná Supermercados.
O CEO da Plurix, Jorge Faiçal, explica que, nessa tese de investimentos, a holding preserva a gestão regional. “Temos os membros da família fundadora, normalmente segunda ou terceira geração, e preservamos essas pessoas na gestão. Essas pessoas têm um conhecimento local muito alto, não só sobre o cliente, mas sobre a comunidade como um todo”, afirma.
Além da estimativa de R$ 10 bilhões de faturamento, a Plurix agora conta com 18 mil funcionários distribuídos em 170 lojas, estando entre as dez empresas com maior faturamento no ranking nacional da Associação Brasileira de Supermercados (Abras).
Próximos passos
Com sua 12ª aquisição, o grupo que passa a ser controlado pela Plurix é grande o bastante para praticamente dobrar o faturamento da empresa. Daqui para frente, há três caminhos para a nova gigante supermercadista: abrir capital na B3, ser comprada por um grupo consolidador estrangeiro e seguir fazendo compras. Apesar de deixar claro que sua tese de investimentos é em competidores regionais, a cúpula da empresa, quando questionada sobre o Grupo Pão de Açúcar, diz que “avaliar negócios é o seu negócio”.
Dentro dessa tese de supermercados, o único ativo “puro-sangue” disponível na B3 é o Grupo Pão de Açúcar (GPA), que ainda tem uma divisão de mercados de bairro no negócio.