Safra de laranja

Safra de laranja
Nova estimativa da safra de laranja reduz produção - Divulgação

A segunda reestimativa da safra de laranja 2025-2026 do cinturão citrícola de São Paulo e Triângulo/Sudoeste Mineiro, divulgada pelo Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus) ontem, dia 10, aponta produção de 294,81 milhões de caixas de laranja, uma redução de 3,9% em relação à primeira reestimativa da safra, divulgada em setembro. De acordo com o levantamento, os principais fatores para essa queda na safra estão relacionados ao desequilíbrio climático e ao avanço do greening. “A taxa de crescimento da doença vem caindo, mas a severidade média está aumentando. Hoje, 26,5% das laranjeiras com greening apresentam sintomas em mais de 75% da copa. Quando esse alastramento do greening pelas copas das árvores se junta ao déficit hídrico, a taxa de queda de frutos tende a aumentar”, avaliou o diretor-executivo do Fundecitrus, Juliano Ayres.

Setor sucroenergético

Na primeira quinzena de novembro, as usinas da região Centro-Sul processaram 18,76 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, conforme dados da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica). No acumulado da safra 2025-2026 até 16 de novembro, a moagem atingiu 576,25 milhões de toneladas, recuo de 1,26% frente ao volume de 583,59 milhões de toneladas registradas no mesmo período no ciclo anterior. Na produção de açúcar, a proporção da matéria-prima direcionada à fabricação recuou 7,4 pontos percentuais, passando de 46,02% para 38,61%. “Essa é a sexta quinzena consecutiva com queda nesse indicador, resultado da menor atratividade do açúcar e da redução na qualidade da matéria-prima agora no final de safra”, explicou Luciano Rodrigues, diretor de Inteligência Setorial da Unica.

Carne bovina

O Brasil atingiu 500 aberturas de mercado após receber autorização das autoridades sanitárias da Guatemala para exportar carne bovina e outros produtos ao país. O alcance foi registrado desde 2023 pelo governo federal. Com o novo parceiro comercial, o Brasil segue como o maior exportador mundial, tendo embarcado mais de US$ 12 bilhões em 2024, o equivalente a 2,8 milhões de toneladas destinadas a mais de 150 mercados. Neste ano, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) anunciou que o ritmo do mercado internacional segue acelerado, já que até outubro, as exportações brasileiras de carne bovina já superaram US$ 14 bilhões.

Limão tahiti

Após quedas registradas em novembro, os preços do limão tahiti têm reagido neste começo de dezembro. Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), essa reação no mercado se deve à melhor demanda, com a sinalização de retorno da indústria processadora às compras da fruta para moagem. Porém, a disponibilidade de limões maduros deve passar a crescer a partir de dezembro, atingindo um pico no primeiro trimestre de 2026, o que é um fator limitante para a recuperação de preços, conforme analisaram os pesquisadores do Cepea.

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Pecuária brasileira segue em alta com as exportações e novos mercados