Bombeiros retomam buscas por jovem que foi arrastado pela correnteza na cachoeira do Talhadão

O Corpo de Bombeiros continua as buscas pelo jovem Edson Ramos, de 24 anos, que desapareceu neste domingo, 24, enquanto nadava às margens da cachoeira do Talhadão, no distrito de Duplo Céu, em Palestina.

Edson é morador de Olímpia e trabalha em um conhecido restaurante da cidade. Ele saiu com um grupo na manhã de domingo, em duas vans e um carro, com destino à cachoeira do Talhadão, para um evento de cunho religioso.

Após o evento, por volta do meio-dia, parte do grupo retornou à cidade de origem, enquanto o restante ficou às margens do rio para aproveitar a tarde. Foi quando o jovem escorregou e acabou sendo levado pela correnteza. 

Vithoria Viçoso, que estava presente no momento, disse que tudo aconteceu muito rápido. Segundo ela, Edson se segurou em um galho, mas, por conta da forte correnteza, acabou se desprendendo. Os amigos, notando o que estava acontecendo, começaram a correr por dentro da mata para tentar acompanhar a direção da correnteza.

As buscas iniciaram ainda na domingo, seguiram até o início da noite de segunda-feira, 25, e foram retomadas nesta terça, sem encontrar nenhum rastro da vítima até o momento.

O Corpo de Bombeiros informou que uma equipe com equipamentos de mergulho foi enviada para o local.

Carlos Souza, guia turístico de Olímpia há 15 anos, destaca cuidados ao visitar a cachoeira do Talhadão e o rio Turvo.

"O acesso à cachoeira pode ser desafiador devido ao barranco íngreme, aumentando o risco de quedas. Dentro do rio, o cenário é composto por pedras talhadas, muitas delas com bordas afiadas que podem causar cortes. Além disso, o ambiente natural abriga diversas espécies de animais, incluindo cobras, o que demanda cuidado extra", explica.

Segundo ele, as margens do Turvo também são repletas de pedras lisas, onde as chances de escorregar são grandes. "É essencial estar atento às condições climáticas antes de planejar a visita. Em épocas de chuvas ou quando o fluxo de água está elevado, o rio pode se tornar perigoso. Um fenômeno conhecido como 'cabeça d'água' pode ocorrer de forma inesperada, trazendo um volume repentino de água e surpreendendo os desavisados", diz.

Carlos completa ressaltando a beleza do local e os momentos de lazer em família, já que ele próprio frequenta a cachoeira regularmente, mas destaca a importância dos devidos cuidados para evitar acidentes.

(Colaborou Diego Bressant)