Corregedoria apura morte de preso na Central de Flagrantes de Rio Preto

Corregedoria apura morte de preso na Central de Flagrantes de Rio Preto
Caso foi registrado na segunda, dia 14, e é investigado pela Corregedoria (Joseane Teixeira/Arquivo)

A Corregedoria da Polícia Civil abriu investigação sobre a morte de um homem de 38 anos, no dia 14 de julho deste ano, na Central de Flagrantes de Rio Preto. Ele foi encontrado pendurado no teto da cela por uma corda feita com a camisa que vestia, amarrada em uma das grades superiores. O engenheiro de produção foi parar na cela após o cumprimento de um mandado de prisão preventiva, expedido pela Justiça de Pereira Barreto.

O homem era processado por estelionato, sob a suspeita de ter dado calote em três hotéis. Ele pedia um quarto, se passando por funcionário de uma grande rede de convênio médico, mas fugia após usufruir de toda infraestrutura por dias.

Segundo o boletim de ocorrência, o homem foi detido por uma equipe da Polícia Militar enquanto andava por rua do Residencial Califórnia, em Rio Preto. Logo em seguida, foi levado para a Central de Flagrantes.

Após a formalização da prisão, por volta das 19h10, o homem foi submetido a uma revista pessoal, sendo retirados os pertences que pudessem oferecer risco à sua integridade física ou de terceiros, como sapatos, cinto, colares e outros adornos. Contudo, foi permitido permanecer com vestimentas como calça e camisa, conforme prática regular e protocolo de segurança.

Por volta das 20h, um dos investigadores constatou que o homem se encontrava suspenso pelo pescoço, utilizando a própria camisa que vestia.

"Imediatamente, todos os policiais civis da equipe entraram na cela e, com o uso de um canivete, cortaram o tecido que sustentava o preso, procedendo à sua retirada e iniciando, de forma urgente e diligente, manobras de reanimação cardiopulmonar, com o intuito de preservar sua vida", conforme trecho do boletim.

Foi solicitado por telefone o apoio do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). A médica Wendy de Oliveira Mendes compareceu ao local e atestou o óbito do preso. Foi expedida requisição ao Instituto Médico Legal (IML) para exame necroscópico da vítima, bem como solicitada a perícia técnica para levantamento de local de suicídio.