Corregedoria da PM vai investigar teor de vídeo publicado pelo 9º Baep de Rio Preto

Corregedoria da PM vai investigar teor de vídeo publicado pelo 9º Baep de Rio Preto
Policiais do Baep de Rio Preto aparecem diante de uma cruz em chamas (Reprodução/Instagram @baepriopreto)

A Corregedoria da Polícia Militar instaurou procedimento para investigar as circunstâncias do vídeo gravado e publicado no perfil do 9º Batalhão de Ações Especiais, no Instagram, em que uma cruz é incendiada. O conteúdo, que remete à cerimônia do grupo supremacista Ku Klux Klan, repercutiu nacionalmente e o vídeo foi tirado do ar. A Polícia Militar informou que não compactua com desvios de conduta e que “qualquer manifestação que contrarie seus valores e princípios será rigorosamente apurada e os envolvidos responsabilizados”.

Pelas redes sociais, diversas autoridades políticas manifestaram perplexidade com as imagens e pediram providências do governador Tarcísio de Freitas.

A deputada federal Erika Hilton (Psol) publicou na rede social X que ficou “estarrecida” com o vídeo no qual os policiais fazem um ritual “com referências nazistas”.

“Meu mandato acaba de oficiar e exigir explicações da corregedoria da PM, do governador Tarcísio de Freitas e do secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite", escreveu.

Representante da região de Rio Preto na Assembleia Legislativa de São Paulo, a deputada estadual Beth Sahão questiona o que está acontecendo com a Polícia Militar de São Paulo. “Cruz em chamas. Estética de terror. A Secretaria de Segurança deve explicações”, publicou na rede social Threads.

O vídeo de 17 segundos com a participação de pelo menos 16 policiais militares mostra uma cruz em chamas e um caminho de fogo.

A mensagem que a corporação quis transmitir com as imagens foi tema de discussão nas redes sociais e em veículos de repercussão nacional, como Folha de S. Paulo, Metrópoles e Globo News, além de páginas com milhares de seguidores, como Mídia Nínja.

Antes da publicação do conteúdo, a reportagem do Diário solicitou nota ao Comando do Policiamento do Interior (CPI-5), que responde pelo 9º Baep, mas não houve manifestação oficial até o momento.