Mães denunciam suspeita de maus-tratos em escola infantil de Rio Preto

Mães denunciam suspeita de maus-tratos em escola infantil de Rio Preto
Caso foi na escola municipal Castelo do Bosque, no Castelinho, em Rio Preto (Reprodução)

Duas mães de alunos da Escola Municipal Castelo do Bosque, no Castelinho, em Rio Preto, procuraram a Polícia Civil para denunciar uma suspeita de maus-tratos. Elas alegam que os filhos, ambos de quatro anos e da mesma sala, foram agredidos com chutes e tapas na cabeça por uma professora dentro da instituição de ensino. A Secretaria de Educação também vai apurar o caso.

Uma das mães é a manicure Maria Cirleide de Lima Porta, 43 anos. Ela conta que o filho estuda na escola e nunca teve problemas. Ele sempre gostou de ir e chegava contando tudo o que tinha acontecido. Maria ressalta que foram algumas trocas de professoras nesse período, mas nunca observou nada de diferente no filho. Mas depois da última troca, o menino começou a mudar o comportamento em casa.

“Notei que ele começou a se fechar de um tempo para cá, sinais de agressividade. Sempre foi calmo, carinhoso, e começou a se tornar uma criança agressiva demais, tudo ele gritava, chorava.”

Em uma conversa, ele começou a soltar algumas informações. “Falou que a professora (do período da tarde) chuta ele, coloca ele de castigo. Que por diversas vezes ele presenciou o amiguinho fazendo as necessidades nas roupas, porque a professora não deixava ir ao banheiro porque ele estava de castigo. Ele gosta dessa escola, mas ele não quer mais a professora”. Maria conta que o menino gosta muito de outra professora, da turma da manhã.

Ela levou o caso também ao Conselho Tutelar. “A professora que age dessa forma não está preparada para lidar com nenhum tipo de criança. Toda criança merece respeito”, disse.

Outras agressões

A mãe conta que outras três crianças da sala relataram situações do tipo. Uma delas é o filho de Geanine Ayme Cardoso Neves, 29 anos, que é doula e estagiária de pedagogia. O menino, também com quatro anos de idade, é autista (suporte 2).

Geanine conta que também começou a perceber uma mudança de comportamento no filho, mas até então não sabia que a escola tinha novamente mudado de professora na parte da tarde.

“Uma semana antes de sair de férias, a Maria entrou em contato comigo e mandou os áudios do filho dela (com relatos de agressão). Isso me acendeu o alerta. Passei ele no psicólogo e foi onde ele soltou informações. A psicóloga me chamou e falou que estava acontecendo alguma coisa na escola.”

O menino também falou sobre tapas na cabeça e briga quando algum aluno derruba alguma coisa ou comida no chão. “Sou mãe, professora, não é algo que se faz, ainda mais sendo criança atípica. Não sou mãe relapsa, sempre estou lá, sempre pergunto e me falam que está tudo bem”.

Ela ressalta que as mães pedem que a professora seja trocada. “Não queremos acabar com a vida da mulher, só que ela saia da sala”, finaliza.

Outro lado

Em nota, a Secretaria de Educação afirma que os fatos serão apurados e que repudia "qualquer ato de agressão ou maus-tratos".