Membro do PCC planejava ataque ao secretário de Segurança de SP, diz governo

Membro do PCC planejava ataque ao secretário de Segurança de SP, diz governo
Secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite (Fernando Frazão/Agência Brasil)

A polícia de São Paulo prendeu um homem de 47 anos, ligado ao Primeiro Comando da Capital (PCC), suspeito de participar de um plano para atacar o secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite. O nome dele não foi divulgado e a defesa não foi localizada.

O suspeito foi preso em maio por policiais militares do Comando e Operações Especiais (COE) no bairro Cachoeirinha, zona norte de São Paulo, e o caso veio a público nesta semana. Com ele, foram apreendidos dois fuzis, duas mil munições de grosso calibre, além de R$ 100 mil em espécie e pacotes de cocaína. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), ele possui envolvimento com roubo a bancos.

A operação que prendeu o suspeito não tinha relação direta com o planejamento do atentado. Após a prisão, o setor de Inteligência da Polícia Civil identificou que o criminoso já vinha sendo monitorado por fazer parte do plano de tentar assassinar Derrite.

A reportagem apurou que suspeito seria um dos participantes do plano, o que seria o responsável pelo ataque direto com o secretário. Os investigadores buscam outros participantes do plano.

"Após a prisão, identificou-se que o indivíduo fazia parte de um grupo que planejava um ataque contra o secretário da Segurança Pública", confirmou a SSP.

De acordo com a polícia, o atentado seria uma reação do crime organizado às ações de repressão ao tráfico de drogas, principalmente na região central.

Em junho, a reportagem mostrou como as investigações da Operação Downtown mostraram que a facção construiu sua rede de hotéis e hospedarias no centro da cidade como uma reação às operações que buscavam desmantelar o fluxo de usuários que por mais de uma década se concentrou na Luz.

No dia 19 de agosto, o Ministério Público de São Paulo denunciou 11 pessoas por suspeita de envolvimento com as operações do PCC na Favela do Moinho, que segundo os promotores se tornou o QG de todo o "ecossistema criminoso" da facção no centro da cidade. A facção também teria montado na comunidade uma espécie de "centro de comando" do domínio exercido na região central, incluindo a Cracolândia.