Mulher é encontrada morta com sinais de violência e marido é preso por feminicídio em Rio Preto

Mulher é encontrada morta com sinais de violência e marido é preso por feminicídio em Rio Preto
Polícia Militar apresentou a ocorrência na Central de Flagrantes (Joseane Teixeira/Arquivo)

Uma mulher de 28 anos foi encontrada morta com sinais de violência na noite deste sábado, 15, em um apartamento no Residencial Palestra, em Rio Preto. O marido dela, de 39 anos, foi preso em flagrante por feminicídio.

Segundo informações do boletim de ocorrência, a Polícia Militar foi acionada para atender uma ocorrência de suposto suicídio. Chegando ao local, os policiais se depararam com Emily Kelli de Mello morta no banheiro. Havia sangue espalhado pelo cômodo e também pela cozinha.

A vítima apresentava sangramento pelo nariz, uma lesão no lado direito do maxilar e uma marca de enforcamento no pescoço. A perícia esteve no local e apreendeu uma faca e um cadarço encontrados no banheiro.

O marido de Emily foi encontrado deitado na escada do prédio, segundo o registro policial, "em estado de grande abalo emocional, chorando e demonstrando comportamento exaltado. Durante o atendimento da ocorrência, ele tentou forçar a entrada no apartamento e teve de ser contido pelos policiais.

Vizinhos e o primo do suspeito, que morava há cerca de um mês com o casal, relataram que as brigas entre os dois eram frequentes.

No momento da morte de Emily, somente ela e o marido estavam no apartamento, já que o primo havia saído para comer um lanche.

O suspeito foi levado para a Central de Flagrantes, onde permaneceu em silêncio. A delegada de plantão, Daiana Ferreira Santos, determinou sua prisão em flagrante pelo crime de feminicídio. Ele já tinha passagens anteriores por violência doméstica.

Conforme o registro policial, não havia indícios de suicídio de Emily. Além disso, foram observadas marcas de confronto e violência, tanto no local quanto no corpo da vítima.

"Evidente que o presente caso trata-se de violência doméstica e familiar contra a mulher, abarcado pela lei 11.340/06, em razão do contexto familiar de indiciado e vítima, bem como os xingamentos feito pelo indiciado à vítima que indicam menosprezo à condição de mulher, relatados por diversas testemunhas", escreveu a delegada.

Ela representou pela conversão da prisão em flagrante do suspeito em preventiva, o que será analisado pela Justiça.