Prévia do PIB sobe 0,4% em fevereiro de 2024

Prévia do PIB sobe 0,4% em fevereiro de 2024
Banco Central é o responsável pela publicação do IBC-Br, índice tido como prévia do PIB (Leonardo Sá/Agência Senado)

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) subiu 0,4% em fevereiro, na série livre de efeitos sazonais. No primeiro mês de 2024, a alta foi de 0,52% (após ajuste feito pelo BC).

De janeiro para fevereiro, o índice de atividade calculado pelo Banco Central passou de 148,08 pontos para 148,67 pontos na série dessazonalizada. Com isso, o resultado é o melhor desde abril de 2023, quando o indicador pontuou 148,88 — o maior nível da série histórica iniciada em janeiro de 2003.

O dado do IBC-Br veio um pouco acima da mediana das expectativas coletadas, de avanço de 0,3% no indicador no mês. No geral, o intervalo aguardado ia de queda de 0,60% a crescimento de 1%.

Já na comparação entre os meses de fevereiro de 2024 e de 2023, houve crescimento de 2,59% na série sem ajustes sazonais. Esta série registrou 144,61 pontos no segundo mês do ano, o melhor desempenho para meses de fevereiro da série histórica. Até então, a pontuação mais alta (143,53) havia sido registrada em 2014.

Conhecido como uma espécie de “prévia do BC” para o Produto Interno Bruto (PIB), o IBC-Br serve como parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses. Atualmente, o BC prevê crescimento de 1,8% para o PIB deste ano, enquanto o governo projeta avanço de 2,2%.

Avaliação

Para o economista-chefe do banco Sicredi, André Nunes, o crescimento de 0,4% do IBC-Br em fevereiro corrobora o cenário de que a atividade doméstica neste início de ano está mais aquecida de que o inicialmente projetado.

“Imaginávamos que após o PIB rodar perto de zero no segundo semestre do ano passado, haveria uma retomada da atividade agora, mas com menos ímpeto do que vem ocorrendo”, resume o economista, que cita que as pesquisas mensais de alta frequência da atividade têm apontado para a retomada do consumo doméstico e do investimento.

“O mercado parece ter absorvido o impacto no início do ciclo de queda de juro. Já vemos alguma queda na inadimplência e a retomada das concessões de crédito”, diz Nunes. “Essa parte de investimentos é importante, e podemos notar a melhora da indústria e da construção civil.”