Professores do Sesi de Rio Preto aderem à paralisação estadual

Aproximadamente 50 professores das duas unidades do Sesi em Rio Preto se reuniram na manhã desta segunda-feira, 31, na sede do Sindicato dos Professores (Sinpro), em um movimento estadual de paralisação por reajuste salarial.
Segundo Edmar Delmaschio, presidente do sindicato, a categoria pede melhores condições de trabalho, aumento real de 2,5% no salário, reajuste de 20% na hora/atividade, retomada do pagamento do abono salarial, aumento dos vales refeição e alimentação, além de isonomia salarial.
“Hoje é um dia histórico, todas as unidades do Sesi no Estado aderiram à greve parcial, representadas por 26 filiais do Sinpro. Estamos tentando negociar desde dezembro, sem nenhum avanço significativo. A paralisação foi a solução”, disse Edmar.
“Sabemos da preocupação da rede com a elevação na qualidade da educação e com o compromisso com as famílias e os estudantes, porém sentimo-nos, de um certo modo, abandonados. A valorização docente não pode se dar no campo apenas estético, mas precisa avançar para modos estruturais”, manifestou a Federação dos Professores do Estado de São Paulo (Fepesp), entidade que reúne dos 26 sindicatos.
Pedidos
Além dos pedidos de reajustes, os profissionais reivindicam também que o critério de atribuição de salas considere a especialização do pedagogo no material didático; que o pedagogo não seja designado para atender outras turmas para evitar sobrecarga; aumento de profissionais especializados na sala de aula para inclusão; aumento das horas para planejamento; e atenção ao bem-estar dos profissionais.
“Essas reivindicações visam melhorar a qualidade da educação, a continuidade do ensino e o suporte às pedagogas, garantindo melhores condições de trabalho e aprendizado”, informaram.
Resposta
A assessoria de imprensa do Sesi Rio Preto informou que as atividades nas escolas acontecem normalmente nesta segunda-feira, 31.
Em nota, o Sesi-SP informou que respeita, reconhece e valoriza seus professores. “Nas negociações deste ano do acordo coletivo de trabalho, a proposta econômica do Sesi-SP para os professores contempla a correção integral dos vencimentos pelo INPC dos últimos doze meses mais um ganho real de 0,33%, totalizando um aumento de 5,20% sobre os salários. Nos demais pontos, o Sesi-SP não só manteve as cláusulas dos acordos anteriores, como ampliou diversos benefícios”, consta.
A entidade informou ainda que busca o entendimento com a categoria por meio de suas organizações sindicais. “Em quaisquer circunstâncias, as atividades nas escolas serão mantidas e acontecerão normalmente, de modo que alunos e famílias não sejam impactados”.