Projeções apontam crescimento na safra de grãos no Noroeste paulista
A projeção para a safra brasileira de grãos deverá atingir 379 milhões de toneladas nos próximos dez anos, crescimento de 27% em comparação com a estimativa anterior. É o que aponta o estudo Projeções do Agronegócio do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). A expectativa para o ano de 2025 também é mais favorável para a produção regional dos grãos, especialmente da soja.
“Na região Noroeste, com as previsões de chuvas que se concretizaram, os produtores iniciaram o plantio da soja e as expectativas para a safra de 2025 são melhores do que a do ciclo 2023-2024”, afirma Everton Finoto, pesquisador da Secretaria estadual de Agricultura (Apta-regional), de Pindorama.
Para os produtores de grãos, o clima da temporada anterior não favoreceu as lavouras na região. No entanto, a chuva deve beneficiar mais a produção nesta temporada. É o que aponta também o levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para a safra brasileira de grãos, cereais e leguminosas, que deverá totalizar 311 milhões de toneladas em 2025, aumento de 5,8% em relação à safra de 2024.
Segundo a pesquisa do IBGE, a alta na safra de 2025 deve ocorrer, principalmente, pelo crescimento da estimativa para a produção de soja, de 10,9%. O total deve atingir 160,2 milhões de toneladas, o que para os pesquisadores significa um novo recorde na produção nacional da oleaginosa, superando a produção registrada no ano de 2023.
Plantios na região
O sojicultor José Luiz da Costa conta que iniciou a semeadura do grão na propriedade em Orindiúva e está otimista com a previsão de clima mais favorável para a próxima safra. “Os preços estão um pouco melhores para a soja, puxados pela alta do dólar nos últimos dias. Não é o ideal ainda para a nossa rentabilidade e dos altos custos com a produção, mas se ficar firme nestes valores, é bom também”.
Nas plantações de soja do produtor Reginaldo Massuia, em Nhandeara, a semeadura do grão já atingiu 57% das áreas cultivadas para a próxima safra. “A chuva demorou um pouco para chegar à nossa lavoura, mas parece que a previsão do clima está mais positiva do que na safra anterior”, ressalta.
Reginaldo pontua ainda que os plantios na região estão seguindo mais firmes neste início da temporada da soja. “No ano passado, quando vinha uma chuva e a gente iniciava a semeadura, já tinha que logo parar porque mudava totalmente o clima e as altas temperaturas prejudicavam o andamento do plantio”, explica o produtor.
As áreas plantadas na região, na safra anterior, foram prejudicadas com a estiagem prolongada, o que provocou diminuição da produtividade com a oleaginosa. Além disso, segundo o pesquisador da Apta de Pindorama, a adversidade climática também impactou em menos áreas cultivadas de soja na safra do grão de 2023-2024.