Projeto 'Bora falar de livros?' incentiva e democratiza a leitura entre crianças e jovens

Projeto 'Bora falar de livros?' incentiva e democratiza a leitura entre crianças e jovens
Carol Manzato e juny kp! comandam o “Bora falar de livros” (Divulgação)

Os livros são a porta de entrada para um universo único e transformador. Além do prazer, o hábito de ler consegue estimular a imaginação e a criatividade, ampliar o vocabulário, além de outros benefícios. Porém, o hábito da leitura não é comum no Brasil.

Foi unindo o amor pela literatura e o desejo de mudar essa realidade que a escritora Carol Manzato e o educador e diretor criativo da Casa de Criar juny kp! montaram o “Bora falar de livros”, projeto dedicado ao incentivo à leitura e à democratização do acesso aos livros como objetos culturais e históricos.

A segunda edição do projeto acontece na próxima semana, entre os dias 5 a 12 de julho. Os encontros serão na Casa de Criar, localizada na rua Nelson Freitas, 745, no Parque Residencial Lauriano Tebar, sempre às 15h, com exceção do dia 10, em que o encontro acontecerá on-line.

“Todas as pessoas interessadas por livro, leitura e literatura podem participar. Direcionamos as leituras e modulamos a linguagem às crianças (a partir de 4/5 anos), mas escolhemos livros que permitem camadas de compreensão e aprofundamento das conversas a partir de suas leituras”, explica Carol.

O projeto “Bora falar de livros?” foi viabilizado pelo fomento da Lei Paulo Gustavo, por meio Secretaria Municipal de Cultura de Rio Preto, Ministério da Cultura e Governo Federal.

CONEXÃO

Carol acredita na leitura como conexão e não como ato solitário. Para a escritora, ao realizar uma leitura, é possível estabelecer uma rede de conexões entre leitor e autor, personagens e todas as pessoas que pensaram e realizaram aquele objeto cultural a partir de suas bagagens e contextos.

“Conversar sobre o que foi lido é uma atitude típica de uma pessoa leitora. Procurar livros por indicação também. A fofoca literária é contagiante. Pela minha experiência com formação de leitores/as, promover conversas sobre livros é uma ferramenta bem potente para a propagação da leitura como direito e como bagagem, e mesmo como deleite”, conta a escritora.

Carol explica que não é necessário conhecer o livro para participar, nos encontros serão realizadas leituras na íntegra ou de trechos da obra para o debate.

“A escolha das obras teve como critérios: bibliodiversidade (temas, protagonistas, contextos, autoria, editoras diversos/as), relevância do conteúdo e alinhamento ético ao que vivemos e observamos, e estética apurada (trabalho interessante com os elementos literários, com a edição e a materialidade das obras), visando à formação da pessoa leitora, a ampliação de bagagem de leitura”, revela.

INCLUSIVO

O intuito dos encontros é criar um ambiente acolhedor e prazeroso, sendo inclusivo para crianças menores, com livros adequados e materiais lúdicos, brinquedos. Carol também revela que todos os encontros terão uma intérprete de libras para que pessoas surdas ou de baixa audição sintam-se confortáveis em participar. (Colaborou Victória Oliveira)