'Trem da alegria' da Câmara de Mirassol vai embarcar 12 apadrinhados

Se dólar e inflação dos alimentos nas alturas, dengue tirando o sono de muita gente e UPA lotada andam estragando o humor dos mirassolenses, tal qual o da maioria dos brasileiros, na Câmara de Mirassol o clima é de fartura e gastança.

O presidente da Casa, vereador Walmir Chaveiro (Solidariedade), que iniciou seu quarto mandato, pretende colocar na pauta da primeira sessão ordinária da atual legislatura, na próxima segunda-feira, 3 de fevereiro, projeto de lei complementar de autoria da Mesa Diretora que regulamenta a contratação de 12 assessores.

Todos os cargos são de livre nomeação, ou seja, sem concurso público e os salários vão de R$ 3,2 mil a R$ 10,3 mil, todos com direito ainda a benefícios como tíquetes e afins.

De acordo com o projeto, dez dos cargos, que foram criados no apagar das luzes da legislatura passada, em 2024, são de assessores parlamentares, ou seja, para atender os vereadores, sendo um para cada parlamentar. Ainda segundo a iniciativa, estes postos estão na faixa salarial de R$ 3,2 mil e exigem ensino médio.

O Legislativo de Mirassol também chega maior nesta legislatura, com 11 vereadores no total. O presidente da Câmara não terá um assessor parlamentar como os demais, mas um “assessor da presidência”, para qual será exigido nível superior e o salário é bem mais generoso: R$ 10,3 mil.

Ainda ligado ao presidente, o projeto que entrará na pauta da próxima segunda prevê a contratação de um diretor da Escola do Legislativo, também com obrigatoriedade de ensino superior e salário de R$ 8,8 mil.

Procurado pela Coluna, Walmir Chaveiro afirmou que a proposta, encaminhada “alguns dias atrás”, tem o objetivo de apenas “regulamentar a criação dos cargos, com a definição dos salários e atribuições de cada função”. E justifica o “trem da alegria” na Casa: “Somos a única Câmara do Estado em que vereador não tem assessor”.

E como o Legislativo de Mirassol vai ficar mais “povoado”, foi necessário também aumentar a estrutura física. Atualmente são apenas cinco gabinetes para uso dos vereadores. Walmir disse que está construindo mais oito. Cada vereador terá seu próprio teto, sem dividir mais espaço com ninguém. As outras salas serão para o administrativo.

O presidente da Câmara não soube informar qual o impacto financeiro do projeto, que ainda será anexado à proposta. A informação, segundo ele, está sendo levantada pela empresa terceirizada que presta esse tipo de serviço ao Legislativo. Ele também disse que não sabia quanto vão custar as obras para ampliação dos gabinetes.