Delegado pede 90 dias em inquérito de injúria racial no caso Marcondes

Delegado pede 90 dias em inquérito de injúria racial no caso Marcondes
Marcondes na confusão depois do jogo entre Mirassol e Palmeiras (Reprodução/Vídeo TV Tem)

O delegado Renato Gomes Camacho, da Delegacia Seccional da Polícia Civil de Rio Preto, solicitou a prorrogação por 90 dias do inquérito que apura se o vice-prefeito de Rio Preto e também secretário municipal de Obras, Fábio Marcondes (PL), cometeu injuria racial contra um segurança do Palmeiras em fevereiro.

O segurança do Palmeiras Adilson Antonio de Oliveira registrou boletim de ocorrência após a partida entre Mirassol e Palmeiras, na qual afirma que Marcondes o teria chamado de “macaco velho” durante confusão após o jogo do Campeonato Paulista, em Mirassol. Em depoimento na polícia, Marcondes nega que tenha usado expressão de cunho racial contra o segurança.

No pedido de mais prazo, o delegado cita que a permanência em cartório se esgotou e que faltam "diligências imprescindíveis ao deslinde das investigações".

Em 18 de junho, o Instituto de Criminalística apresentou um laudo complementar sobre o vídeo que mostra a discussão do vice com o segurança, registrado por uma equipe da TV Tem. O documento reafirma que Marcondes teria dito "paka vea" e não "macaco velho" durante a discussão no estádio. Foi o segundo laudo do instituto neste sentido.
A defesa de Marcondes afirma que o pedido de prorrogação é natural, já que o prazo anterior havia vencido.