Cai a emissão de gases do efeito estufa em Rio Preto
Pela primeira vez desde 2020, Rio Preto registrou volume anual de emissões de gases de efeito estufa inferior a 1 milhão de toneladas. Segundo o Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa (SEEG), o total caiu de 1.027.494 toneladas em 2023 para 945.898 toneladas em 2024, uma redução de 81.596 toneladas .
Em toda a região de Rio Preto, somando os 101 municípios do Noroeste Paulista, também houve queda expressiva: as emissões passaram de 11,8 milhões para 10,5 milhões de toneladas, uma redução de 10,48%. No Brasil, o levantamento aponta diminuição de 2,575 para 2,145 bilhões de toneladas no mesmo período.
Depois de Rio Preto, a cidade que mais gera emissões de gases de efeito estufa na região é Santa Adélia, com 548,54 mil toneladas, seguida de Novo Horizonte (512,75 mil), Palestina (320,72 mil) e Fernandópolis (314,58 mil), segundo o SEEG.
No estudo divulgado no ano passado, Rio Preto estava na contramão da tendência nacional, com aumento das emissões, enquanto no restante do país os índices eram de queda. Dados do Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa (SEEG) indicam que, em 2022, a cidade emitiu 1,088 milhão de toneladas de gases de efeito estufa. Em 2023, o valor subiu para 1,128 milhão, um acréscimo de 40 mil toneladas.
Em Rio Preto, a principal fonte de poluição é o setor de energia, gerada pelos combustíveis fosseis usados nos mais diferentes tipos de veículos. É responsável por 70,9% do total de emissões registradas no ano passado. A maior parte desse volume é gerada pela queima de derivados do petróleo, especialmente no transporte, que continua sendo o principal poluidor da cidade. Em 2024, o setor de transportes respondeu por 670 mil toneladas de gases de efeito estufa.
A análise histórica presentada por setores mostra que todos , com exceção dos resíduos (caso do lixo), apresentaram queda em 2024. O de energia recuou de 729 mil para 670 mil toneladas, a agropecuária caiu de 68,9 mil para 51,1 mil, e a mudança de uso da terra, de 10,6 mil para 3 mil toneladas.
O SEEG é a principal plataforma independente de monitoramento de emissões de gases de efeito estufa do Brasil. Oferece estimativas anuais para todos os setores da economia, apoiando políticas públicas de mitigação e garantindo transparência à sociedade sobre as trajetórias de redução de emissões do país.
A base metodológica das estimativas do SEEG é o Inventário Brasileiro de Emissões e Remoções Antrópicas de Gases de Efeito Estufa, publicado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. O alcance histórico das estimativas varia: para a maioria dos setores, foi levantada uma série histórica desde 1970; para uso da terra, desde 1990; e, para os municípios, a série histórica parte do ano 2000. A metodologia do SEEG foi publicada na revista científica Scientific Data, do grupo Nature, em 2018.
O QUE É
O efeito estufa é um fenômeno natural vital para manter a Terra habitável, onde gases como vapor d’água e dióxido de carbono na atmosfera retêm parte do calor do sol, impedindo que ele escape completamente para o espaço. No entanto, a atividade humana, principalmente a queima de combustíveis fósseis e o desmatamento, aumenta a concentração desses gases, intensificando o efeito e levando ao aquecimento global.
Números
Emissão em Rio Preto
2022: 1.026.833 toneladas
2023: 1.027.494 toneladas
2024: 945.898 toneladas
Emissão em Rio Preto por setores
Agropecuária:
51,12 mil toneladas (5,4%)
Mudança de uso de terra e floresta: 3,09 mil (0,3%)
Energia (transportes):
670 mil toneladas (70,9%)
Resíduos: 221,4 mil (23,4%)
Processos industriais: 0
Crescimento por setor em Rio Preto
Agropecuária
2022: 57.786 toneladas
2023: 68.961 toneladas
2024: 51.119 toneladas
Mudança de uso de terra e floresta
2022: 13.970 toneladas
2023: 10.633 toneladas
2024: 3.094 toneladas
Energia (transportes)
2022: 730.094 toneladas
2023: 729.030 toneladas
2024: 670.222 toneladas
Resíduos
2022: 224.675 toneladas
2023: 218.856 toneladas
2024: 221.461 toneladas
Processos industriais
2022: 0
2023: 0
2024: 0
Fonte: Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa (SEEG)

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