Câmara rejeita moção de repúdio contra Marcondes, investigado por injúria racial

Em sessão com gritos de "fora Marcondes" e bate-boca de vereadores com manifestantes, a Câmara de Rio Preto rejeitou, na tarde desta terça-feira, 25, moção de repúdio à atitude de Fábio Marcondes (PL) "pela prática de racismo contra segurança da equipe da Sociedade Esportiva Palmeiras". O vice-prefeito é acusado de chamá-lo de "lixo" e "macaco velho".

A moção de repúdio foi proposta pelo vereador João Paulo Rillo (Psol). Durante a sessão desta terça, foram três votos favoráveis à moção e 15 votos contrários, além de três ausências.

A presidente do Conselho Municipal Afro, Claudionora Elis Tobias, usou a Tribuna e criticou a conduta de Marcondes.

Veja como votou cada vereador
Contra a moção
Bruno Moura (PRD) 
Celso Peixão (MDB) 
Dr. Tedeschi (PL) 
Felipe Alcalá (PL) 
Francisco Júnior (União Brasil)
Irineu Tadeu Caetano de Lima (União Brasil)
Jonathan Santos da Silva (Republicanos)
Jorge Menezes (PSD)
Júlio Donizete (PSD)
Márcia Caldas (PL)
Odélio Chaves (Podemos)
Pauléra (Progressistas)
Rossini Ferreira Diniz (MDB)
Alex de Carvalho (PSB)
Alexandre Montenegro (PL)
Favorável à moção
João Paulo Rillo (Psol)
Pedro Roberto Gomes (Republicanos)
Renato Pupo (Avante)
Ausentes
Anderson Branco (Novo)
Abner Tofanelli (PSB)
Jean Dornelas (MDB)
Não votaram
Bruno Marinho (PRD) - estava on-line
Luciano de Oliveira Julião (PL), por ser o presidente da Câmara 
O caso
Na noite de domingo, 23, um segurança do Palmeiras registrou boletim de ocorrência no qual afirma que foi chamado de "macaco velho" e de "lixo" pelo vice-prefeito. Vídeo do episódio foi gravado por uma equipe da TV Tem de Rio Preto e o caso teve repercussão nacional.

Partidos, representantes de entidades civis, vereadores e deputados divulgaram nota de repúdio à conduta de Marcondes.

A defesa do vice-prefeito nega que Marcondes tenha cometido o delito. Nas redes sociais, Marcondes afirmou que "os eventos tiveram início com uma discussão originada a partir de ofensas dirigidas ao meu filho, o que evidencia a necessidade de uma investigação minuciosa, justa e imparcial". 

A Polícia Civil abriu inquérito para apurar o caso.