Confira dicas básicas de segurança para evitar acidentes em elevadores
O elevador é um dos meios de transporte mais seguros do mundo, mas isso não impede que acidentes aconteçam. Para evitar esses problemas, que podem ser graves, tanto passageiros como a administração dos locais que dispõem de elevadores precisam tomar alguns cuidados.
Em fevereiro, um idoso de 68 anos morreu imediatamente após cair de uma altura de quatro metros, no poço de um elevador, pois não percebeu que o equipamento não estava parado no andar, em uma clínica de estética de Jales. Em junho, duas agentes de saúde de Votuporanga ficaram gravemente feridas depois que elevador em que elas estavam despencar no poço, em um sobrado.
“Os passageiros precisam estar atentos ao entrar e sair do elevador, verificar se ele está parado no andar ao abrir a porta. E dentro do elevador evitar ‘brincadeiras’, não causar solavancos no percurso do elevador”, orienta Renato Leandro Stafuza, proprietário da Alfa Rio Elevadores.
Outra dica é distribuir melhor o peso na cabine, quando tiver mais pessoas no elevador, e nunca ultrapassar a capacidade máxima permitida, que deve estar sempre indicada. “Procurar não se aglomerar em uma região somente”, ensina Rubens Barretto Alvarenga, sócio diretor e fundador da RBA Elevadores. Ele também aconselha a observar, quando possível, a data da última manutenção (que pode estar em uma das paredes) e também o estado geral do equipamento.
Manutenção
Os elevadores devem passar por manutenções periódicas para garantir que estejam funcionando perfeitamente. De acordo com Renato, sejam equipamentos residenciais ou comerciais, o cuidado deve ser mensal.
“Se o usuário perceber alguma coisa estranha, como barulho, por exemplo, deve contatar a empresa responsável, lembrando que ela deve ter registro no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA) e engenheiro responsável”, afirma.
Os técnicos devem se atentar a itens de segurança como limitador de velocidade, cabos de aço de tração e sistema de freio, dentre outros itens obrigatórios.
“O estado dos cabos de aço e o estado das polias de tração em elevadores de mais de três paradas; verificar a eficiência das portas de pavimento, verificando o travamento e a eficiência dos contatos de porta e trincagem; lubrificar as corrediças, quando não for com lubrificantes automáticos e limpeza do poço e cabine”, enumera Rubens.
Emergência
Em caso de qualquer acidente, a recomendação é manter a calma dentro da cabine e não tentar sair sem ajuda, pois isso pode agravar a situação, tanto causando um acidente ainda pior como lesionando mais a vítima. É importante acionar os bombeiros e a empresa responsável pela manutenção.
Segundo Paulo Espada, cirurgião do grupo de Cirurgia do Trauma do Hospital de Base, as lesões decorrentes de um elevador despencando no poço estão relacionadas à altura da queda e o peso do equipamento com as pessoas. “Elas são múltiplas, principalmente na cabeça e no pescoço e também em membros inferiores, abdominais e torácicas”, pontua.
Se possível, se o elevador não estiver lotado, a melhor escolha é deitar no chão. “Assim aumenta a área de impacto e diminui a força em um único ponto. Diminui a possibilidade de trauma em coluna e crânio”, explica Espada.