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Em entrevista à TV Record na semana que antecedeu o primeiro turno das eleições municipais, o agora prefeito de Rio Preto, Coronel Fábio Candido (PL), prometeu que, assumindo o governo, no dia 1º de janeiro, o que se consolidou, o Hospital de Base passaria a oferecer de imediato mais 100 leitos de internação pelo SUS para pacientes da cidade.
A promessa feita ao vivo foi, de fato, precedida de uma visita que o então prefeiturável fez ao HB dias antes, na qual ele se comprometeu com a diretoria do complexo hospitalar de que seu primeiro ato oficial como prefeito, caso ganhasse a eleição, seria voltar ao local para consolidar o credenciamento ao SUS de mais uma centena dos leitos.
No dia da visita de campanha ao HB, o Coronel foi informado de que naquele exato momento 180 leitos da instituição hospitalar estavam ocupados por rio-pretenses que precisavam de cuidados de alta complexidade. Número que, por si só, segundo a diretoria, desconstruíam o discurso, repetido por todos os candidatos daquele pleito, incluindo o governista Itamar Borges (MDB), de que o Hospital de Base não prioriza os moradores locais.
Por ora, a diretoria do HB tem feito chegar ao prefeito recém-empossado que aguarda o contato prometido em campanha, e os rio-pretenses esperam pelos 100 leitos prometidos como prioridade zero de governo.
A ampliação dos leitos não é uma questão apenas de intenções ou retórica política. Envolve uma intrincada combinação de articulação administrativa, captação de recursos e coragem para enfrentar os desafios de um sistema de saúde que vive à beira do colapso financeiro.
Por enquanto, o prefeito ainda corre para compor efetivamente seu governo, com obstáculos burocráticos, inclusive, para oficializar o titular da Saúde, o cirurgião plástico Rubem Bottas. Mas, ao escolher o HB como palco de sua primeira ação, o Coronel colocou-se em uma posição estratégica eleitoralmente falando, mas também arriscada.
O que está em jogo não é apenas a ampliação de leitos, mas a própria credibilidade de uma gestão que acaba de começar. O Coronel cumprirá o que prometeu ou repetirá o padrão, já conhecido, de políticos que abandonam as promessas no palanque eleitoral?
Hoje, para viabilizar a prometida ampliação dos leitos, será preciso navegar por águas turbulentas que incluem limitações orçamentárias, disputas políticas e um cenário de incertezas na saúde pública.