Onipresente no café da manhã, pãozinho varia até 25% nas padarias de Rio Preto

Nesta quinta-feira, 16, é comemorado o Dia Mundial do Pão, iguaria presente em diversas culturas culinárias com diferentes formas e receitas, e faz parte de qualquer café da manhã que se preze. De olho na data, o Procon de São Paulo fez uma pesquisa com os principais itens consumidos no desjejum, que mostrou diferenças expressivas nos preços desde o próprio pão até o cafezinho. O levantamento foi realizado entre os dias 23 e 26 de setembro de 2025. O estudo revelou que a disparidade pode ultrapassar 60% em alguns produtos.

Em Rio Preto, a pesquisa do Procon mostrou diferenças significativas, a começar pelo clássico pãozinho francês. O menor preço encontrado foi R$ 18,99 enquanto o mais caro, R$ 23,90, variação de 25,8%.

Já o fiel "escudeiro" do pão no café da manhã, o café, este, sim tem variações mais fortes. Um copo de café coado tradicional pequeno, por exemplo, teve diferença de 296%: o menor preço registrado foi de R$ 2,75, enquanto o mais alto chegou a R$ 10,90.

O cappuccino pequeno apresentou variação de 58%, com preços entre R$ 5 e R$ 7,90. Para quem prefere algo gelado pela manhã, a diferença no valor do suco de laranja é grande. O mais barato encontrado pela pesquisa saiu por R$ 6,79, enquanto o mais caro, R$ 17,90, variação de 183,6%.

Entre os lanches, o pão francês na chapa com manteiga, um clássico das padarias, tem variação de 117,4% saindo de R$ 4,60 e chegando a R$ 10. Já o tradicional misto quente, sanduíche com queijo, presunto e, em alguns casos, tomate, tem variação de 113,9% Na padaria mais barata, sai por R$ 7,90; na mais cara, por R$ 16,90. O clássico Bauru varia entre R$ 12,50 e R$ 25,70, uma variação de 105,6%.

O pão de queijo, que apresentou uma diferença de 105,4%. O quilo do item mais barato foi encontrado por R$ 46,00 enquanto o mais caro chegou a R$ 94,50.

CAFÉ DA MANHÃ
O mesmo estudo mostra Rio Preto a cidade como a que oferece alguns dos cafés da manhã mais baratos do estado, com valores até 60% inferiores aos praticados na Capital paulista. O misto quente, que custa em média R$ 13,49 em Rio Preto, o menor preço registrado entre todas as cidades pesquisadas, é 60,93% mais barato em relação à média de São Paulo: R$ 21,71.

Na padaria Getúlio Vargas Pães e Doces,a estratégia é mesclar a produção artesanal e a proximidade com fornecedores para conter custos e atrair clientes que preferem um café da manhã no capricho.

“Nosso objetivo é oferecer produtos de qualidade, mas com preço atrativo. Não adianta puxar o preço lá em cima e não conseguir vender. Por isso, trabalhamos com base em cálculos que consideram tanto o custo de produção quanto a realidade do consumidor”, explica o gerente-administrativo da panificadora Getúlio Vargas, Valtair dos Santos.

Segundo ele, fatores logísticos também pesam a favor do interior. “Aqui estamos mais próximos dos fornecedores de leite, café e outros derivados, e isso impacta diretamente no valor final. Em São Paulo, o custo operacional é maior, tem trânsito, demanda mais alta e dificuldade de entrega, encarecendo o produto”, detalha.

Tanta procura faz a funcionária Luciana Paixão Oliveira, trabalhar sem parar para acionar a máquina de café da padaria, para atender a grande demanda de clientes, durante a manhã e até o período da tarde.

Para Henrique Barbosa Zaneto, 58 anos, cliente assíduo de café, o costume de tomar a bebida quente em padarias faz parte do seu dia a dia. “Venho aqui duas ou três vezes por dia. Gosto do ambiente, é um lugar agradável e aconchegante. Isso me atrai bastante”, conta.

Além do café, item indispensável nas visitas, Henrique afirma que costuma experimentar outros produtos do cardápio. “Sempre tem pão na chapa e o tradicional pingado. É o que eu mais consumo aqui”, diz.