Mulher morre após ser agredida e arrastada por carro pelo ex em Rio Preto

Uma mulher de 46 anos morreu após ser espancada e arrastada pelo marido com um carro na noite da última sexta-feira, 9, no Residencial Lealdade, em Rio Preto. O caso foi registrado na manhã desta segunda-feira, 12.

Segundo o boletim de ocorrência, Alessandra Gonçalves Muniz Machado foi internada na Santa Casa de Rio Preto após ser agredida pelo marido, de 51 anos.

A delegada da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) esteve no hospital e constatou que a mulher estava bem machucada. Durante breve relato, a vítima informou que estava separada do suspeito desde que ele invadiu sua casa de Umbanda e quebrou todos os seus santos. No entanto, na noite de sexta, os dois se reencontraram.

A mulher ainda relatou à delegada que o homem é usuário de álcool e drogas. Durante o encontro, ele a teria ofendido com palavras como “diabo”, “demônio” e “satanás”, o que motivou uma discussão dentro do carro do suspeito. Em determinado momento, ela pegou a garrafa de bebida alcoólica do homem e jogou pela janela. Ele, então, parou o carro e passou a agredi-la.

Um vizinho teria testemunhado as agressões e pediu para que ele parasse. Ela tentou sair do veículo, mas o suspeito ordenou que a vítima entrasse novamente no carro. Ao tentar retornar, sua mão ficou presa na porta e o homem acelerou, arrastando-a pela rua. Ao passar por uma lombada, sua mão se soltou e ela bateu com a cabeça no chão. Em seguida, o suspeito fugiu do local.

Com ferimentos graves nas mãos, braços, pernas e principalmente no rosto, a mulher foi levada à Santa Casa, onde exames constataram um quadro de pneumoencéfalo (presença de ar no crânio). Alessandra ficou internada por cerca de dois dias, período em que chegou a conversar com a delegada, mas não resistiu aos ferimentos e morreu na manhã de segunda-feira.

O suspeito foi localizado e preso também na madrugada desta segunda. Ele foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) e, em seguida, levado à carceragem da Divisão Especializada em Investigações Criminais (Deic) de Rio Preto, onde permanece à disposição da Justiça.

O caso foi registrado como injúria, violência doméstica, dano, morte suspeita e feminicídio, e está sendo investigado pela DDM de Rio Preto.

(Colaborou Diego Bressant)