Segurança finge ser policial civil para pegar ônibus de graça em Rio Preto

O Ministério Público marcou para o dia 3 de abril uma audiência para propor acordo de transação penal a um segurança de 30 anos acusado de se passar por policial civil para andar de ônibus de graça. Ele foi flagrado por investigadores do Grupo de Operações Especiais (GOE) utilizando uma camiseta da corporação e distintivo de investigador.
A equipe chegou até o segurança após denúncia de que ele estava postando fotos nas redes sociais com arma de fogo e trajando camiseta com a identificação da Polícia Civil.
Os policiais foram até a casa do suspeito, no bairro Eldorado, e chegaram exatamente no momento em que ele estava saindo “fardado”. Submetido a revista pessoal, os agentes encontraram com ele um distintivo de investigador com o brasão da Polícia Civil e uma pistola air soft semelhante à arma funcional utilizada pela corporação.
Na casa dele havia ainda uma tonfa (cacetete), que ele alegou utilizar no trabalho de segurança.
Ao ser questionado sobre como obteve o distintivo verdadeiro da Polícia Civil, o segurança afirmou que registrou um boletim de ocorrência no 4º Distrito Policial, onde alegou falsamente que havia perdido o item. Com o documento em mãos, ele comprou o distintivo em uma loja especializada de Rio Preto, que é autorizada pela Secretaria de Segurança Pública para vender artigos utilizados por agentes.
Levado para depor na sede da Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic), o segurança confessou o crime e alegou que o fez por dificuldades financeiras. Passando-se por policial civil, ele conseguia andar de ônibus de graça.
Todos os itens encontrados com o homem e na casa dele foram apreendidos.
Sem conseguir localizá-lo, o promotor Odival Cicote chegou a denunciar o segurança por usar, publicamente, de uniforme ou distintivo de função pública que não exerce - contravenção penal que prevê pena de multa.
Porém, após manifestação da Defensoria Pública, ele reconsiderou a denúncia e marcou a audiência para o mês de abril. Os termos do acordo ainda não foram definidos, mas pode incluir pagamento de multa e prestação de serviços a comunidade. Após o cumprimento da transação penal, o caso é extinto sem registro criminal.