Agropecuária fortalece economia da região de Rio Preto
Redação
Jun 4, 2025
A diversificação de produtos do agronegócio na região, que contribui com as receitas para as exportações, vem favorecendo a economia dos municípios. Entre os principais produtos regionais estão as culturas de cana-de-açúcar, soja e pecuária, que impulsionam o agronegócio. No ano passado, o estado de São Paulo foi responsável por 18% do Produto Interno Bruto na agropecuária.
Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na semana passada, apontam que a agropecuária brasileira cresceu 12,2% no primeiro trimestre de 2025, em relação ao último trimestre de 2024, o que resultou em avanço de 1,4% do PIB no período.
Já no comparativo do mesmo período de 2024, o PIB teve crescimento de 2,9% no primeiro trimestre de 2025. Segundo o levantamento do IBGE, a agropecuária cresceu 10,2%, principalmente, pelo bom desempenho de alguns produtos da lavoura com safra relevante no primeiro trimestre e pela produtividade que garantiu a oferta de grãos. A soja foi o produto que puxou esse bom desempenho do agronegócio.
O clima foi um dos fatores desse avanço mais favorável para a produção de grãos, como a soja, com o aumento de produtividades e do crescimento das exportações brasileiras com os produtos. “Para essa avaliação lembramos que, dois terços da produção de soja vão para a exportação. Neste cenário de produção recorde de grãos, com mais de 320 milhões de toneladas de grãos produzidos no País, 50% é de soja”, afirma o professor de economia da Unesp de Ilha Solteira, Omar Jorge Sabbag.
Conforme o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) divulgado em maio pelo IBGE, entre os produtos com safra no 1º trimestre e crescimento na estimativa de produção anual, destacam-se: soja (13,3%), milho (11,8%), arroz (12,2%) e fumo (25,2%).
Perspectiva positiva
Na avaliação do diretor de agronegócios da Associação Comercial e Empresarial de Rio Preto (Acirp), André Seixas, o resultado positivo da participação da agropecuária no PIB é o impacto direto da produção de grãos, principalmente a soja. “A perspectiva para os próximos meses continua sendo boa, com a expectativa de um clima melhor para a safrinha, como para o milho, o sorgo e o girassol, o que deve contribuir para a produtividade das lavouras da nossa região”, ressalta.
Apesar de o clima seco da região Noroeste, e de alguns veranicos que comprometeram a produção da soja no mês de fevereiro deste ano, Seixas observa que a produção de grãos também se destacou entre os agricultores regionais. “A produtividade foi relativamente boa na safra e o câmbio ajudou, com o dólar que se valorizou muito no período de comercialização”.
