Cacau Lopes lança 'Gênesis 3:19', ficção que cruza memória, religiosidade e identidade brasileira

O médico e escritor Cacau Lopes lança nesta quinta-feira, 17, às 19h, no Centro Cultural Vasco, o livro “Gênesis 3:19”. A obra de ficção mescla realidade e imaginação ao abordar temas como religiosidade, história do Brasil e cultura folclórica.

Com entrada a R$ 10, o evento também conta com um cardápio de culinária nordestina preparado pelo próprio autor, que é apaixonado por gastronomia. Entre os pratos, estão baião de dois e dadinho de macaxeira.

ENREDO

Narrado por um personagem em fim de vida, diagnosticado com uma doença terminal, o livro propõe uma reflexão sobre o tempo e a memória. Ele está em um momento que mistura passado, presente e futuro, como se fosse um sonho. Em uma narrativa que rompe com a linearidade cronológica, o protagonista revisita episódios de sua trajetória pessoal entrelaçados a acontecimentos históricos e elementos simbólicos da cultura brasileira, sobretudo do sertão. Ao mesmo tempo, a obra trabalha questiona o que o leitor faz com seu tempo, a única coisa que pertence realmente ao ser humano.

“Eu acho que é um livro que vai fazer muito sentido para essa nossa geração, ele não é um livro só para minha geração. Ele vai citando coisas da cultura brasileira, também passa por situações da história universal na Europa, as guerras, a cultura, é um livro bastante diversificado”, afirma Lopes.

O escritor destaca que os leitores podem esperar diversidade, humor, ficção, reflexão e histórias da cultura brasileira de“Gênesis 3:19”. “A última frase do livro é um poema do Fernando Pessoa, que ele fala ‘Quem poderá contar a história do que poderia ter acontecido, será essa verdadeira história da humanidade?’. Então, é uma história oficial e para mim foi assim. O livro segue uma linha e ele tem sentido literário, é como se ele fosse um conjunto de contos”, explica o autor.

A trama se expande por diferentes cenários, como Itália e Portugal, e inclui personagens como a esposa do protagonista, nascida no fictício Império da Úrsula. A história percorre a chegada dela ao Brasil após vivências em tempos de guerra na Europa.

“O público pode olhar o livro também como se ele fosse um conjunto de contos, a grande questão é que história você quer deixar para as pessoas contarem de você quando você não tiver mais aqui? Essa é a mensagem”, conclui Lopes. (Colaborou Ana Carolina de Almeida)