Chuva de meteoros é registrada por observatório em Nhandeara

Chuva de meteoros é registrada por observatório em Nhandeara
Segundo o astrônomo amador Renato Poltronieri, a chuva de meteoros foi mais interessante, porque estava mais nítida. Foram mais de 100 meteoros (Divulgação/Observatório de Nhandeara)

Uma chuva de meteoros, chamada de Perseidas, foi registrada na madrugada de terça-feira, 13, pelo observatório de astronomia em Nhandeara. A chuva acontece todos os anos, sempre no mês de agosto, mas neste ano, em específico, algo chamou a atenção dos especialistas: a maior visibilidade dos meteoros.

Segundo o astrônomo amador Renato Cássio Poltronieri, a chuva de meteoros ficou mais interessante neste ano porque normalmente é mais fraca para nós, que estamos no Hemisfério Sul, e mais forte para quem está no Hemisfério Norte.

“A diferença foi por ela aparecer melhor para nós, surgiu melhor, mais nítida. Foi registrada por volta das 4h30, quase amanhecendo. No Hemisfério Norte, chega a ser registrados de 300 a 400 meteoros por noite. Nessa chuva aqui foi de 100 meteoros por noite. Foi grande e muito interessante”, comenta Renato.

Perseidas

Perseidas é o nome que se dá a essa chuva de meteoros. O astrônomo explica que o fenômeno é uma trilha do cometa – corpo parental que passou e a deixou no espaço.

Quando chega essa determinada época do ano, no mês de agosto, a Terra atravessa essa trilha de partículas, a chamada poeira espacial, e elas caem na atmosfera terrestre, causando o efeito luminoso que é o meteoro. O nome Perseidas se dá devido à posição que a chuva de meteoros é vista: ao Norte, próximo à conhecida constelação Três Marias.

Observatório

Renato conta que o observatório de astronomia amadora em Nhandeara, o Astrocam, foi criando em 2014 e tem câmeras espalhadas por diferentes estados do País. No ano seguinte à criação, o observatório registrou uma chuva intensa e, a partir de 2016, até 2023, a Perseidas vinha sendo registrada de uma forma mais fraca.

“São muito bonitas de observar, uma cor alaranjada. A gente registra essas chuvas que são conhecidas, mas o nosso principal trabalho, além da divulgação, é registrar os meteoros que não são conhecidos, que são os esporádicos, a gente estuda esses. Através deles, já temos 96 descobertas científicas nossas, de brasileiros”, finaliza. A rede que eles utilizam para o observatório é a Bramon.