Primeira convocação de Ancelotti deixa Neymar fora da Seleção

Carlo Ancelotti anunciou nesta segunda-feira sua primeira convocação como técnico da Seleção Brasileira. A lista contempla 25 jogadores para os dois próximos compromissos das Eliminatórias da Copa do Mundo: contra o Equador, no dia 5 de junho, fora de casa, e contra o Paraguai, no dia 10, na Neo Química Arena.
Com presença significativa do Flamengo, que emplacou cinco atletas (Danilo, Léo Ortiz, Alex Sandro, Wesley e Gerson), e apenas dois do futebol brasileiro fora do clube carioca (Estêvão, do Palmeiras e Hugo Souza, do Corinthians), Ancelotti sinalizou um olhar atento ao Campeonato Brasileiro, mas sem descartar grandes nomes que atuam no exterior.
A lista trouxe novidades e retornos importantes. Casemiro, que não era convocado desde março de 2024, está de volta e simboliza a retomada de uma liderança dentro do elenco. Ao lado dele, outro velho conhecido retorna: Richarlison, recuperado fisicamente, aparece como opção para o comando de ataque.
A maior ausência é a de Neymar. O italiano de 65 anos explicou, com poucas palavras, que o fato de o astro do Santos não estar em sua melhor forma física foi determinante. "Neymar é um jogador muito importante, sempre foi e sempre será. Atualmente temos muitos jogadores que sofrem lesões e que não podem estar na Seleção", afirmou.
Atitude
Sem ganhar uma Copa do Mundo desde 2002, o Brasil voltará ser vencedor, na visão de Carlo Ancelotti, com "atitude, compromissos e sacrifício de todos". Essa é síntese da estratégia que vai implementar o renomado treinador italiano para reerguer a seleção mais vitoriosa do mundo.
"É tentar colocar em pouco tempo toda a qualidade que nós temos. Primeiro é se classificar e depois se preparar para o Mundial. Qualidade nós temos. Eu tenho muita confiança de que podemos nos sair bem e construir um time que possa competir contra qualquer um".
O técnico rejeitou que, sob seu comando, o Brasil terá uma identidade clara. Sua explicação é simples: há muitas maneiras de jogar, respondeu ele quando questionado se a equipe nacional vai propor o jogo ou não.
"Propositivo ou reativo? É interessante. Acho que, no futebol, não pode se fazer uma única leitura. Tem que ser futebol propositivo em alguns jogos e reativo em outros. Não gosto de time que eu treine e tenha uma identidade, significa que você só é capaz de fazer uma coisa. Se quer ter sucesso, precisa fazer muitas coisas bem. Existem muitas coisas para ter sucesso. Por isso, eu não quero ter uma identidade clara."
Ancelotti repetiu, durante a coletiva, que não falta qualidade na atual geração brasileira. "O futebol hoje é mais exigente do que quando eu comecei, por exemplo. Agora se exige dos jovens, principalmente nos grandes clubes, que eles sejam espertos para jogar no nível máximo. Tem que estar preparado para fazer isso".