São Paulo ultrapassa Rio Preto em casos de dengue

A cidade de São Paulo está com 51.218 casos confirmados de dengue, o que a coloca à frente de Rio Preto, que registra 46.047 casos, no ranking dos municípios brasileiros com maior número de registros da doença. No entanto, as 39 mortes registradas em Rio Preto ainda representam mais do que o dobro dos 14 óbitos ocorridos na Capital.
Esta é a primeira vez, neste ano, que Rio Preto deixa a liderança em número de casos positivos de dengue em todo o País. A maior cidade do Noroeste paulista enfrentou, em 2025, sua pior epidemia da doença, causada principalmente pela circulação dos sorotipos 2 e 3 do vírus.
A região de Rio Preto também perdeu a primeira posição em número de casos. O Departamento Regional de Saúde (DRS) com mais casos, agora, é o de Campinas, com 107.829, seguido da DRS de Rio Preto, que tem 103.187.
Segundo a Secretaria de Saúde, a explicação para os números de Rio Preto é que o município enfrenta, desde o final de 2024, uma epidemia de dengue com a circulação simultânea de três sorotipos, o que pode ter ocasionado o grande número de casos e, consequentemente, de óbitos.
“Diversos fatores podem influenciar a ocorrência de uma epidemia, sendo o principal deles o tipo de vírus em circulação. Caso os sorotipos dengue 2 (Cosmopolitan) e/ou dengue 3 continuem predominando, espera-se que não ocorra uma epidemia semelhante à registrada neste ano — especialmente se houver o engajamento da população em ações preventivas, como a eliminação semanal dos criadouros do mosquito em suas residências e arredores, além da receptividade aos agentes de saúde”, informa a Prefeitura, por meio de nota.
Conforme levantamento do governo municipal, a maioria das mortes ocorreu entre pessoas com mais de 60 anos, de forma equilibrada entre os sexos. Apesar do alto número de casos, já houve uma redução de mais de 90% nas confirmações em comparação com o início do ano.
A Secretaria de Saúde afirma que atua continuamente com campanhas de conscientização e ações em campo para eliminar os focos do mosquito transmissor.
“O morador também é orientado a participar ativamente desse processo. Além disso, são realizadas capacitações com profissionais das redes pública e privada para constante atualização sobre o atendimento e manejo da doença. A vigilância e o monitoramento epidemiológico são mantidos de forma sistemática, para detectar precocemente o aumento no número de casos e a possível introdução de novos sorotipos do vírus,” informa a nota.