Secretaria de Educação vai investigar caso de maus-tratos contra crianças na creche Irmã Julieta

Secretaria de Educação vai investigar caso de maus-tratos contra crianças na creche Irmã Julieta
Uma das imagens em que professora aparece arrastando uma criança (Reprodução)

A secretária Municipal de Educação, Fabiana Zanquetta, determinou a abertura de comissão interna para investigação do caso de maus-tratos contra crianças da creche Irmã Julieta, no Jardim Urano, em Rio Preto. O caso tornou-se público após divulgação de vídeos de câmeras de monitoramento.

A creche é mantida pelo Centro Social Estoril, organização social que presta serviço à pasta. A direção da entidade determinou a demissão da professora que aparece nas imagens na sexta-feira, 21. Nesta terça, 25, mais duas funcionárias foram demitidas, suspeitas de não tomarem providências após ficarem sabendo dos casos.

Mesmo assim, Fabiana acha necessário fazer apuração interna para garantir o atendimento das 250 crianças atendidas. "Nomeamos uma comissão de supervisores que vai fazer uma averiguação preliminar desta suspeita de violência e fazer os encaminhamentos pertinentes. Vamos avaliar o que de fato está acontecendo", afirma a secretária.

Também será solicitado pela comissão cópia das imagens de monitoramento para verificar quando e como ocorreram os maus-tratos. Além disso, serão ouvidas todas as pessoas envolvidas.

"Eles vão até a entidade para colher documentação, principalmente o registro de atendimento aos pais (dos alunos) relacionados aos fatos e ter acesso às imagens. O prazo de apuração será dez dias úteis", explica.

Punição

Caso seja confirmada a violência contra as crianças, a Secretaria de Educação fará a comunicação ao Conselho Tutelar da região da creche e o preenchimento da ficha de notificação da Secretaria Municipal de Saúde com os dados da violência contra a criança.

Também há possibilidade de punição contra a entidade responsável pela gestão da creche, caso fique constatado que nem todas as providências internas foram adotadas para resolver o caso. As penalidades podem envolver até o fim do contrato com a Prefeitura.

Fabiana diz que nenhum dos pais e mães de crianças envolvidas no caso, ouvidos pela Secretaria de Educação, manifestou interesse em transferência dos filhos. A creche está em funcionando normalmente.

Em nota divulgada nesta terça, o Centro Social Estoril informou que "todos os procedimentos administrativos cabíveis a esta entidade foram tomados e todos os envolvidos nos acontecimentos foram desligados de suas funções". Disse ainda que "repudia qualquer tipo de agressão" e que vai buscar "melhorias em tudo o que for necessário, inclusive investindo em melhorias no monitoramento".

Pais de alunos registraram boletim de ocorrência e a Polícia Civil investiga os casos de maus-tratos.