Prefeitura de Rio Preto instala 3 mil armadilhas contra o Aedes aegypti

Prefeitura de Rio Preto instala 3 mil armadilhas contra o Aedes aegypti
Agente de saúde com o equipamento instalado em casas para infectar mosquitos (Marco Antonio dos Santos 11/3/2025)

A Prefeitura de Rio Preto iniciou nesta terça-feira, 11, no bairro Vila Elvira, a instalação de mais três mil estações disseminadoras de larvicidas (EDLs), popularmente conhecidas como armadilhas contra o mosquito da dengue. Os equipamentos biológicos, criados por pesquisadores da Fundação Fiocruz, foram enviados pelo Ministério da Saúde.

Os novos equipamentos serão instalados em imóveis nas regiões dos bairros Central, Cidade Jardim, Eldorado, Jardim Gabriela, Gonzaga de Campos, Fraternidade, Jaguaré, Lealdade e Amizade, Luz da Esperança, Parque da Cidadania, Renascer, Solo Sagrado, Talhado, Vila Elvira e Vila Mayor.

Rio Preto tem recebido ajuda do governo federal, pois a cidade registra 23.227 casos positivos e 18 mortes causadas pela doença. Boa parte dos contaminados foi infectada pelo vírus tipo 3 da dengue.

A Secretaria Municipal de Saúde já havia instalado três mil armadilhas contra a dengue em fevereiro deste ano, mas solicitou mais EDLs para serem colocadas em imóveis em regiões com maior concentração de focos do mosquito transmissor da doença.

"Recebemos mais três mil unidades disseminadoras de larvicidas, que são uma das ferramentas que o Ministério da Saúde nos disponibiliza para o tratamento da larva do Aedes aegypti. Nós também pedimos que o Ministério da Saúde complementasse esse número para que pudéssemos fazer a cobertura de toda a cidade", afirmou o secretário municipal de Saúde, Rubem Bottas.

Resultado

De acordo com um levantamento da Vigilância Epidemiológica de Rio Preto, houve uma diminuição dos focos do mosquito nas áreas onde as armadilhas foram instaladas.

A estratégia consiste na aplicação de larvicida em um balde preto com água, onde a fêmea do mosquito Aedes aegypti deposita os ovos e se contamina com o inseticida, espalhando o produto em outros criadouros. Dessa forma, as larvas não conseguem se desenvolver, reduzindo a proliferação de novos mosquitos.

Uma das casas escolhidas para a instalação das armadilhas foi a do aposentado Osvaldo Adami, de 60 anos, que passou por tratamento contra a dengue na semana passada.

"Eu sempre achei que deveria haver uma armadilha contra o mosquito para eliminar suas descendências, mas que não fosse prejudicial a outros animais nem a nós, moradores", disse o aposentado, que tem dois cães como animais de estimação.

Antes de receberem as armadilhas contra a dengue, os moradores passam por um treinamento sobre onde deixar o equipamento, geralmente fora do alcance de animais domésticos e crianças.

Redução de casos

O secretário municipal de Saúde afirmou que a pasta já percebeu uma redução nos casos de dengue, mas avalia essa tendência com cautela. "Talvez tenhamos que aguardar um pouco mais para afirmar que os casos estão em queda, mas já percebemos essa tendência. E, se Deus quiser, isso vai acontecer logo", disse o secretário.

O Ministério da Saúde já ajudou Rio Preto com o envio de 60 profissionais da Força Nacional do SUS, responsáveis pelos atendimentos na Swift. Por enquanto, não há previsão para a desativação do centro de hidratação na Swift nem para a saída da Força Nacional do SUS.