Empresários participam de evento em Rio Preto sobre as melhores práticas de comércio exterior

Logística, eficiência e segurança são palavras-chave quando o assunto é exportação. Por isso, o Ciesp Noroeste Paulista recebeu uma palestra sobre as melhores práticas de comércio exterior nesta quarta, 9. Quem comandou os trabalhos foi o despachante aduaneiro Paulo Narcizo.
Segundo o levantamento da Associação Comercial de São José do Rio Preto (Acirp), as exportações de produtos feitos em Rio Preto totalizaram US$ 51,9 milhões, um desempenho positivo de 15,1% em relação a 2023.
A diretora-titular do Ciesp Noroeste Paulista, Aldina Clarete D’Amico, prega que os empresários devem sempre procurar aumentar seu mercado consumidor e ser estimulado a fazer negócios fora do país.
“O empresário deve ser estimulado a fazer negócios fora do País e a nossa regional tem a responsabilidade de ajudar para que esses negócios aconteçam. Realizar um evento como este é de extrema importância, ainda mais agora, quando vemos que o tema da exportação está em alta por conta das medidas tomadas pelos Estados Unidos” diz.
Paulo Narcizo, despachante aduaneiro da Caribbean Express em Rio Preto, conta que o evento atende não somente aos empresários que já exportam, mas sobretudo àqueles que não sabem como e por onde começar no comércio exterior.
“Nossa intenção é orientar os participantes sobre os principais aspectos da exportação, desde a logística até as melhores práticas para garantir segurança e eficiência no processo” comenta.
OPORTUNIDADES
O escritor voltado ao e-commerce, Fabricio Gonçalves de Aguiar decidiu participar do seminário em busca de novas oportunidades e contatos. “Esse é o momento certo para agregar valor, definir melhor a logística de exportação, incluindo a escolha da melhor forma de transporte, contratar uma empresa de despachante aduaneiro para auxiliar no processo e planejar custos e prazos de entrega”, diz.
Além do conhecimento que Fabricio já existente, há uma série de itens sobre os quais são necessárias atualizações, como os documentos necessário para a exportações e as atualizações dos mercados americano e asiático.
Paulo Narcizo acredita que as empresas devem se preparar para as oportunidades que irão surgir com a guerra tarifária entre China e Estados Unidos.
“Com a guerra comercial dos EUA e o resto do mundo, teremos muitos produtos para atender, considerando que nossas exportações para o EUA foram taxadas em 10%, diferentemente dos demais países, como China 34%, União Europeia 20% e Japão 24%”, afirma
“A China é forte em exportação, temos que ocupar este espaço. Quando se exporta, exporta produto e não tributo. Toda exportação é desonerada de IPI, PIS, Cofins e ICMS, dando maior competitividade no exterior”, ressalta o despachante, lembrando do setor joalheiro.
INICIANTE
O engenheiro-agrônomo e sócio proprietário da Agritech Heveicultura, Jackson Gonçalves conta que o evento é importante para sua empresa que está iniciando no ramo de exportação. “É muito importante para nós adquirir conhecimento, saber questões de taxações, de impostos, logística e transporte. Já estamos no mercado há mais de 20 anos, nós desenvolvemos um produto e agora vamos começar a exportar para o mundo todo, então estamos adquirindo conhecimento para iniciar esse trabalho a partir do mês de agosto desse ano” relata. (Colaborou Ana Beatriz Aguiar)