Estoque de sangue entra em situação crítica e Hemocentro pede ajuda da população

Estoque de sangue entra em situação crítica e Hemocentro pede ajuda da população
O Hemocentro funciona todos os dias, das 7h às 13h. Apenas na terça-feira de Carnaval a instituição estará fechada. Ele fica localizado na rua Jamil Feres Kfouri, 80, no Jardim Panorama (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Com os estoques de sangue em situação crítica, quase todos zerados, o Hemocentro de Rio Preto pede ajuda da população, principalmente com o período de Carnaval, em que a demanda costuma aumentar. 

O Hemocentro funciona todos os dias, das 7h às 13h. Apenas na terça-feira de Carnaval a instituição estará fechada. Ele fica localizado na rua Jamil Feres Kfouri, 80, no Jardim Panorama.

Quem for doar sangue, pode estacionar gratuitamente no estacionamento do Hospital de Base. Após a doação, o doador precisa apenas pedir o comprovante e entregar no guichê.

Carnaval
O período de Carnaval é sinônimo de bebida alcoólica, com isso já é esperado que nessa época do ano tenha um aumento expressivo de acidentes nas estradas. Pessoas que se acidentaram gravemente precisam de doação de sangue. E nessa situação, mais uma vez a conta da demanda e de estoque não bate.

“Essa é nossa preocupação, chegar o Carnaval e a gente não ter um estoque realmente adequado para conseguir atender essa demanda que a gente não consegue prever. As pessoas precisam entender é que a gente precisa dessa constância na doação”, pontua Guilherme Vila Real, coordenador de captação de doadores do Hemocentro de Rio Preto.

Exemplo
O major da Polícia Militar Anderson Ferreira Nunes é uma das pessoas que se mobilizam para não deixar o estoque de sangue do Hemocentro zerar. Com campanhas e acompanhamento aos pacientes do Hospital de Base, principalmente as crianças, ele também se preocupa com a situação crítica dos estoques.

Major Anderson foi diagnosticado com leucemia em novembro de 2012, ele foi curado da doença, mas não deixou de acompanhar as pessoas que ainda necessitam.

“Convivendo com as crianças, não tem como não se apaixonar. Em virtude do tratamento, amadurecem muito rápido. Até hoje não inventaram substituto para o sangue, então essas pessoas internadas dependem exclusivamente da compaixão do próximo para se manterem vivas”, diz ele.

Ele ressalta que em seu tratamento, que foi considerado relativamente “tranquilo”, foram necessárias 170 bolsas de sangue.

“Graças a essas pessoas que foram lá é que estou aqui hoje tentando ajudar outras pessoas da forma que eu posso”, finaliza.