Região de Rio Preto chega a oito mortes por dengue neste ano

A região de Rio Preto chegou a oito mortes causadas pelo mosquito transmissor da dengue neste ano. Conforme dados da Secretaria de Estado da Saúde, é a região com mais casos e mortes pela doença neste ano. Na região, são 14.042 casos confirmados e 26.310 em investigação. As mortes foram em Rio Preto (três), Guapiaçu, Mirassol, Pirangi, Tanabi e Votuporanga (uma cada).
O óbito mais recente foi registrado em Tanabi, que é uma das 27 cidades da região a ter decretado estado de emergência pela dengue.
Um dos fatores apontados por especialistas para o aumento dos casos é a circulação crescente do sorotipo 3 da dengue, em expansão desde julho de 2024, segundo o Ministério da Saúde. Essa variante do vírus tem sido determinante no aumento do número de infecções, especialmente em São Paulo.
Em Rio Preto, o Estado apontou uma quarta vítima da doença neste ano, mas a Prefeitura afirma que o óbito em questão foi divulgado no boletim de quinta, 30, e foi contabilizado junto aos óbitos ocorridos em 2024, que totalizam 24.
"Isso se deve ao fato de a Vigilância Epidemiológica considerar o ano do óbito a partir do primeiro dia de início dos sintomas. Neste caso, a vítima (homem de 60 a 69 anos, com comorbidades) apresentou os primeiros sintomas em 31/12/2024, mas faleceu em 2025. Portanto, o óbito foi contabilizado como sendo de 2024", informou a Secretaria.
Medidas
Para tentar conter o avanço da dengue, a Prefeitura iniciou, na semana passada, a instalação de três mil armadilhas biológicas contra o Aedes aegypti, fornecidas pelo Ministério da Saúde. Criadas pela Fundação Fiocruz, essas armadilhas foram implementadas em 13 áreas da cidade: Estoril, São Francisco, Caic, Vila Toninho, Engenheiro Schmitt, Jardim Americano, Anchieta, São Deocleciano, Parque Industrial, Vetorazzo, Maria Lúcia, Santo Antônio e Solidariedade. A estimativa dos técnicos é que elas eliminem até 95% dos mosquitos transmissores nessas regiões da cidade.