Trump defende medidas a pecuaristas americanos
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a defender nesta quarta-feira (22) as tarifas impostas sobre a importação de gado e produtos bovinos, mencionando o Brasil entre os países afetados. Em publicações na Truth Social, ele afirmou que os pecuaristas americanos “estão indo tão bem, pela primeira vez em décadas”, graças às medidas de proteção comercial adotadas em seu governo.
“O único motivo pelo qual eles estão indo tão bem é porque eu impus tarifas sobre o gado que entra nos Estados Unidos, incluindo uma tarifa de 50% sobre o Brasil”, escreveu Trump. “Se não fosse por mim, eles estariam como estiveram nos últimos 20 anos — terrivelmente!”, acrescentou. Apesar de ter citado o País, a tarifa mencionada por Trump faz parte do pacote tarifário já anunciado anteriormente.
O presidente afirmou ainda que “as tarifas sobre outros países salvaram nossos pecuaristas” e sugeriu que o setor deve buscar reduzir preços internos, destacando que “o consumidor é um fator muito importante” em suas decisões.
Trump deve se encontrar com o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, neste domingo, 26. A relação comercial bilateral deve ser um dos tópicos discutidos.
SUBSÍDIOS
O governo do presidente Donald Trump vai liberar cerca de US$ 3 bilhões em ajuda a agricultores por meio da Commodity Credit Corp., segundo o Wall Street Journal. Para distribuir os novos recursos, o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) vai reabrir as operações centrais da Agência de Serviços Agrícolas — o braço do USDA responsável pelas finanças e crédito para agricultores norte-americanos.
O WSJ informou que o governo está discutindo um pacote de resgate de mais de US$ 10 bilhões para produtores afetados pela guerra comercial de Trump, mas que essa nova ajuda está suspensa enquanto o governo permanece fechado. Durante o primeiro mandato de Trump, cerca de US$ 23 bilhões foram desembolsados para agricultores afetados.
No entanto, essa liberação de mais de US$ 3 bilhões, em resposta à disputa comercial em andamento entre EUA e China, pode indicar que autoridades americanas não esperam que as próximas reuniões resultem em um acordo que leve a China a retomar as compras de soja dos EUA.
Traders estarão de olho na reunião desta sexta-feira (24) entre o secretário do Tesouro, Scott Bessent, e o primeiro-ministro chinês, He Lifeng, buscando sinais para o possível encontro na próxima semana entre o presidente Trump e o presidente Xi Jinping.

Redação 



