Com shows internacionais, Sesc apresenta festival de jazz em Rio Preto
A 6ª edição do Sesc Jazz traz uma imersiva experiência sonora com shows e uma oficina que destaca o estilo musical como linguagem viva, plural e em constante transformação. O festival começa nesta quarta-feira, 23, e segue com programação até domingo, 26, em Rio Preto.
O Sesc Jazz apresenta um panorama da cena jazzística mundial contemporânea, promovendo encontros inéditos, diálogos entre tradição e vanguarda, homenagens à memória de mestres, suas obras, legados e renovações, que valorizam a diversidade de estilos, instrumentos e vertentes do gênero e suas fusões com ritmos como cúmbia, salsa, soul, R&B, funk, gospel, frevo, candombe, rock, punk e rap.
Atrações
Na quinta, 23, às 20h, no ginásio do Sesc, a cantora, compositora, produtora musical e artista visual colombo-canadense Lido Pimienta dá início à programação musical. Ela é conhecida por sua fusão única de ritmos afrocolombianos e indígenas, como a cumbia e o bullerengue, com synthpop, música eletrônica e elementos sinfônicos. Seu álbum "La Papessa" (2016), autoproduzido, lhe rendeu o Polaris Music Prize em 2017, tornando-se a primeira artista a vencer com um disco em língua diferente do inglês ou francês. Neste ano, apresentou o álbum "La Belleza", uma experiência sinfônica criada com a Orquestra Filarmônica de Medellín e o compositor Owen Pallett, misturando cantos indígenas, ritmos caribenhos e música clássica europeia.
Na sexta, 24, é a vez de Moonlight Benjamin apresentar uma sonoridade intensa e mística que une espiritualidade, resistência e identidade cultural, a partir das 20h. A cantora, compositora e sacerdotisa de vodu, nascida no Haiti, foi criada em um orfanato e começou a cantar na igreja, mas logo sentiu a necessidade de se reconectar com suas raízes culturais haitianas. Em 2002, mudou-se para a França para aprofundar sua formação musical e iniciou uma carreira marcada pela fusão entre ritmos caribenhos, blues rock dos anos 70 e tradições vodu.
No sábado, 25, às 20h, o compositor, multi-instrumentista, vocalista e arranjador Hugo Fattoruso, uruguaio, com uma carreira que atravessa mais de seis décadas. Fattoruso é conhecido por sua habilidade em fundir ritmos como candombe, jazz, rock, música clássica e sons eletrônicos, criando uma linguagem musical única e profundamente enraizada na identidade latino-americana.
Encerrando o festival, o grupo De Mar y Río sobe ao palco no domingo, 26, às 18h. O inovador grupo colombiano, formado por jovens músicos, propõe tradição e modernidade, com foco na música de marimba do Pacífico Sul, incorporando elementos de dança, teatro e performance. Seus espetáculos são experiências cênicas completas, que celebram a ancestralidade afrocolombiana e a força das comunidades ribeirinhas e costeiras.
Experiência
Além do cenário musical, o festival oferece uma experiência com uma oficina que busca aproximar artistas e o público em geral. A oficina “Candombe do Sul” compartilha a história da cultura afro-uruguaia por meio de sua música. Os irmãos Silva, herdeiros desse legado, dividem o ritmo do candombe com seus três tambores: Piano, Chico e Repique. O candombe, estilo de música e dança uruguaio, é patrimônio imaterial da humanidade declarado pela Unesco desde 2009, fato que contribuiu para a sua preservação.
Ingressos
Os ingressos já estão disponíveis no site do Sesc e na Central de Atendimento da instituição por R$ 18 (credencial plena), R$ 30 (meia-entrada) e R$ 50 (inteira)
O evento terá um cardápio especial, mesas (com assentos) e bistrôs (sem assentos) estarão disponíveis por ordem de chegada. Também haverá lugares na arquibancada. A compra do ingresso não garante mesa ou bistrô.(Colaborou Ana Carolina de Almeida)

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