Comerciantes de Rio Preto estão otimistas com o Carnaval em março

Geralmente associado ao mês de fevereiro, Carnaval de 2025 será comemorado totalmente no mês de março, com o feriado em si, uma terça-feira, no dia 4. Uma data mais tardia do que o habitual, e que irá impactar positivamente diversos setores da economia.
Desde os serviços, passando pela alimentação, hotelaria e confecção, os turistas de várias regiões do País prometem agitar não só na folia, mas também no dia a dia das empresas de Rio Preto.
Segundo o Ministério do Turismo, o Brasil fatura cerca de R$ 8 bilhões anualmente com o Carnaval. Para 2025, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) prevê a movimentação de R$ 12 bilhões em receitas no país, um aumento de 2,1%. Apenas em Rio Preto, foram injetados R$ 100 milhões no ano passado.
Além de gerar receita e empregos temporários, o Carnaval impulsiona o turismo em suas diversas esferas e dá visibilidade à cidade. Segundo o economista responsável pelo Centro de Estudos Econômicos da Associação Comercial de São José do Rio Preto (Acirp), Adnan Jebailey, a presença de um grande festival impulsiona a economia da cidade.
“Hoje, o Carnaval está entre as três maiores datas em termos de arrecadação para o município, reforçando a vocação da cidade para atrair públicos diversos e movimentar setores como turismo, serviços e comércio”, diz.
“Rio Preto modernizou e fortaleceu sua infraestrutura de turismo e tem atualmente o poder de suportar eventos de grande porte. Esse montante promove a criação de empregos temporários com reflexos diversos setores do comércio local e posiciona o município como um importante polo de eventos na região” afirma o economista.
Festival
O OBA Festival, era realizado em Votuporanga e, em 2023, mudou sua sede para Rio Preto. Edilberto Fiorentino, organizador do evento, diz que o festival transcendeu a região e transformou Rio Preto em um destino relevante quando o assunto é Carnaval.
“É fato que até há alguns anos, Rio Preto não era destino quando o assunto era Carnaval. Pelo contrário, muitas pessoas da cidade viajavam na data. Hoje, a cidade recebe milhares de turistas. Isso movimenta toda cadeia econômica, temos pesquisas que mostram que cada turista deixa na cidade mais de R$ 3 mil, fora os gastos com a festa”, conta.
Ele também afirma que o público do evento cresce a cada edição. “Temos um público fiel que frequenta o evento todos os anos. Mas a quantidade de pessoas que chega pela primeira vez também cresce a cada edição, todos atraídos pela qualidade das atrações, organização e excelência” conclui.
Hotelaria
A procura por hospedagens neste período festivo cresce naturalmente. Segundo pesquisa da Secretaria de Turismo e Viagens do Estado de São Paulo) há uma estimativa de uma movimentação de R$ 6,4 bilhões e 4,5 milhões de pessoas no estado de São Paulo no período.
Na ocupação hoteleira, os destinos paulistas devem ficar com média de 73%, mas com lotação esperada em praias do litoral norte.
Em Rio Preto, em função da festa, a expectativa por bons índices é grande. “A procura está boa e costuma ser feita até o último dia, mas a lotação de reservas já está alta. Para ajudar, ainda tem o aeroporto, que facilita a chegada e a saída do turista para a festa”, afirma Felipe Naves, gerente de contas do Íbis Rio Preto.
Por outro lado, o público é heterogêneo. Há espaço tanto para aqueles que querem se divertir o máximo possível, quanto somente na festa. “Nos hotéis com piscina e espaço, costumam ter mais festas, com eventos, assim atrai um público que quer mais balada. Nos outros, geralmente é um público que quer curtir o evento, mas que quer descansar durante o dia”, conta.
Bares
O setor de alimentação também é impactado. Especialmente aqueles que destinam uma programação carnavalesca, que se casam muitas vezes com o carnaval de rua.
“Nossa expectativa é maior movimento, público mais animado e maiores vendas. Por hora, a procura permanece a mesma dos anos anteriores. Mas normalmente o pessoal inicia as procuras (por eventos) na semana do Carnaval”. Afirma Daniela Camargo Rossit, gerente do Odin Bar.
O Bar programou um ‘carna rock’ para os dias de folia, para atrair aqueles que preferem o gênero musical em contraposição aqueles que gostam das marchinhas, axés, sambas e pagodes típicos da época.
“Teremos promoção de nossas caipirinhas todos os dias, a noite toda e shows voltados para o tema, sem fugir da nossa proposta que é a galera do rock. Por isso a ideia de um 'carna rock'” explica Daniela
(Colaborou Ana Beatriz Aguiar)